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Canright: um retrato sem retoques de um apóstata



O perfil aqui apresentado baseia-se em documentos fidedignos e absolutamente exatos. A esta altura, o leitor estará melhor capacitado para aquilatar dos ataques de Canright contra a nassa obra e verá que o que escreveu não tem fundamento e não merece confiança.” (Arnaldo B. Chistianini).



Editado por Pr. Claudio Soares  Sampaio.
Do capítulo 3 da obra de
Arnaldo B. Chistianini. Subtilezas do Erro. Santo André, São Paulo.1.ª Edição.1965.

(Este capítulo baseou-se nas seguintes fontes: Canright, Numa Casca de Noz [folhetos editados pelo próprio Canright]; W. A. Spicer, Interessantes Revelações Acerca de Canright; H. Richard, A Confissão de Canright; W. H. Branson, A. Reply to Canright; D. W. Reavis, I Remember; Review and Herald e Seventh Day Adventism Renounced, D. M. Canright).

Sem intuitos de apoucar o trêfego renegado, ou enquadrá-lo em esquemas psicológicos, contudo é um imperativo demonstrar, com base em suas atitudes e escritos, que os conceitos que expendeu contra a nossa obra e doutrina não são dignos de confiança. Houve erro, dolo e mistificação – e tudo isso é reproduzido no livro em lide. 

Segundo sua própria declaração em um folheto publicado em 1888, Canright esteve nas fileiras do adventismo durante longos 28 anos. E no fim, conclui que o sistema adventista nada mais é que um "charco de erros, enganos e fanatismo". Não sabemos como uma pessoa culta, com plena lucidez de espírito, tenha demorado tão longo período de tempo para aperceber-se que se metera num charco. Eis uma declaração que depõe contra ele mesmo, colocando-o no rol dos ingênuos ou insinceros.

Outro exemplo: durante mais ou menos 20 anos (excetuando-se as suas intermitentes decaídas) pregou as nossas verdades básicas. Entre elas, a Trindade, a divindade de Cristo, a obra de Satanás, a batismo. Pois bem, em seu livro de repulsa ao adventismo afirma categoricamente que "os adventistas não crêem na Trindade". Que suas doutrinas heréticas são – "fixação de datas para a vinda de Cristo, milagres, não ressurreição dos ímpios, falsos profetas, nova oportunidade de salvação, comunhão de bens, negação da divindade de Cristo, do diabo, do batismo etc., etc." (1)

Que conclusão se pode tirar disto? Merece fé sua última afirmação?

A sua defecção do nosso meio se deve ao fato de não se ter conformado com os enérgicos testemunhos que a Sra. White lhe mandava, verberando o seu procedimento incorreto e desnudando as suas intenções. Houve um testemunho nestes termos: "A maior parte de sua vida tem sido empregada em apresentar doutrinas que, durante a última parte dela, o Senhor há de repudiar e condenar." (2) E isto se cumpriu à risca.

Síntese do Seu Roteiro na Igreja Adventista

D. M. Canright uniu-se ao nosso movimento e tornou-se um pregador. Mas em certo tempo, as suas atitudes destoavam da serenidade e equilíbrio indispensáveis a tal cargo. Tinha pendores insofreáveis para polêmicas, e abespinhava-se por pouca coisa. Chegou a ponto de perder a confiança dos irmãos do ministério e da igreja em geral.
Em 1870 em Monroe, Iowa, em debate com certo pastor presbiteriano ele afirmou ao então presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia que "sentia desejos de abandonar inteiramente a religião e a Bíblia e tornar-se um incrédulo". Foi o primeiro abalo. O pastor Butler orou com ele, uma noite inteira e este afinal, voltou à fé. Os testemunhos da irmã White eram francos a seu respeito.
Em 1873, nova queda espiritual. Afastou-se do nosso movimento, foi para a Califórnia, e pôs-se a trabalhar numa fazenda. Tempos depois, atendendo a apelos, voltou à igreja e ao ministério.
Em 1880, outra decaída. Abandonou a pregação, e foi para Wisconsin e Michigan, ensinando declamação. Transgredia o sábado, mas dizia que ainda continuava a julgá-lo verdadeiro dia bíblico de repouso. Em princípios de 1881 voltou ao nosso meio.
E 1882, se novo colapso em sua vida religiosa. Novo abandono da obra. Foi para Oswego, Michigan. Ficou 3 anos fora do movimento, e dizia que não tinha mais fé nas nossas doutrinas. Incriminava a Sra.  White. Em 1884. assistiu à grande reunião campal em Jackson, Michigan, e sabiamente declarou voltar para a igreja adventista, fazendo a sua conhecida confissão perante mil pessoas. Confessou-se arrependido por ter julgado mal a Sra. White. Penitenciou-se de seus pecados e erros e, em termos fervorosos e candentes, proclama a sua nova conversão e o desejo de nunca mais se apartar do povo do Advento, e estar sempre ligado "a esse povo e a essa obra". As apreensões dos dirigentes da obra diminuíram. Parecia o homem e transformara e se firmara na senda da verdade.
Mas em 1887 – a despeito de tantas juras de fidelidade e consagração – inopinadamente se aparta de nós, bandeia-se para uma igreja batista de Michigan, e se pôs a combater a nossa obra com todas as suas forças. De modo injusto e insolente investia contra a Sra. White. Seguia os nossos evangelistas de cidade em cidade, e procurava interceptá-los, debatendo publicamente com eles, clamando em alta voz que a doutrina da segunda vinda de Cristo para breve era um mito, que a lei de Deus fora abolida e que a nossa interpretação profética era errada. Escrevia pequenos folhetos, de 7 a 10 páginas, denominados '"casca de noz," nos quais, em linguagem violenta invectivava os adventistas.
Tentou enlamear o caráter irreprovável da Sra. White, chamando-a de impostora, papisa, alucinada, demente, histérica etc. Votava ódio indisfarçável ao nosso povo. Nem as nossas crianças escapavam aos seus ataques, tendo escrito coisas indignas elas. Chamava as nossas obreiras bíblicas de "semi-analfabetas indignas de obter um certificado de 3ª. série primária." No entanto, fora ele próprio quem as havia preparado. Esses folhetins eram vendidos a 2 e ½ cents (de dólar) e sua esposa confessou mais tarde que se não fosse o que ele recebera em pagamento desses panfletos, teriam passado fome.
Não mais retornou ao nosso meio, e no ano seguinte, deu à estampa, às expensas das denominações batista e metodista, o "Seventh-Day Adventism Renounced". Os nossos oponentes fizeram reeditar o livro de que o "Sabatismo à Luz da Palavra de Deus" é quase um plágio.

Fora da Igreja Adventista

Os elementos sensatos e equilibrados das igrejas evangélicas não viam com muita simpatia os métodos utilizados pelo renegado adventista. Especialmente sua maneira de injuriar a irmã White não era apreciada e chegou a provocar reações. Crentes de uma igreja evangélica chegaram a afirmar: "Conhecemos bem a Sra. White. É boa senhora, e sua vida e influência entre nós tem sido de tal sorte que ataques desta ordem constituem ofensa para nós." (3) (Grifo nosso).
De uma feita, realizava uma conferência numa vila de Califórnia, cujo tema era demonstrar a falsidade das visões da Sra. E. G. White. Ao fim da conferência, um senhor não adventista, do auditório lhe endereçou as seguintes perguntas: "Qual é a natureza e tendência dessas visões? Qual o seu tono moral, e que seria o efeito de uma pessoa viver estritamente em harmonia com seus ensinos? Visivelmente desconcertado, o Sr. Canright concordou em que a moralidade era absolutamente pura, e que qualquer pessoa que vivesse o que tais visões ensinavam, sem dúvida estaria salva. (4)
Chamado certa vez a fazer uma série de conferências contra os adventistas no Estado de Iowa, os patrocinadores não cuidaram em prover nenhuma hospedagem. Ele ficou entregue a si mesmo e sem recursos. Por incrível que pareça, alguns adventistas viram a situação e o convidaram para sua casa enquanto ali permanecesse. Estas conferências não foram tão "quentes" como deveriam ser. No sábado, ele foi à reunião adventista e ficou emocionado. Tomou a Palavra e exortou a todos a permanecerem fiéis à mensagem e obra adventista.
Em 1903, arrefeceu sua campanha anti-adventista. A convite do irmão Reavis, comparecera a uma reunião dos nossos obreiros em Battle Creek. Disse que tomara um caminho errado, e que por vezes se sentira atormentado. Foi-lhe dito que todos o perdoariam, se voltasse ao nosso meio. Ele desatou a chorar amargamente. Por fim declarou: "Eu me alegraria de poder voltar, mas não posso! É demasiado tarde! Fui muito longe! Estou perdido para sempre! Perdido!" Continuou a chorar por longo tempo. Disse textualmente ao irmão Reavis: "D. W., faça você o que quiser, mas não combata nunca a mensagem." (5)
Quando sua sogra falecera, o pastor adventista A. G. Haughey fez o serviço fúnebre, e a prédica sobre o estado do homem na morte. Canright e sua esposa estavam presentes. No final da cerimônia, ele, chorando, convulsivamente, abraçou o pastor Haughey e disse em voz clara que todos podiam ouvir: "Foi um belo sermão; o que o senhor disse é a verdade de Deus, rigorosamente bíblica." E rematou: "Os melhores amigos que já tive na vida, são todos adventistas do sétimo dia."
Mas, tempos depois, recrudescem os seus ataques pela prensa e pelos púlpitos. Ridicularizava as nossas instituições. Vivia em aperturas financeiras. Após a morte da esposa, chegou a vender seus objetos e quase todos os seus livros, com exceção de alguns volumes da Sra. White. Um membro da igreja adventista disse-lhe: "Ficarei com esses livros da Sra. White, se os quiser vender." "Não", disse Canright, "eles são por assim dizer os únicos livros que conservei."
Em 1915, falecera a Irmã White. Canright compareceu ao funeral, no Tabernáculo de Battle Creek. Aproximou-se do esquife com os olhos marejados de lágrimas, não se conteve e exclamou: "Foi-se uma nobre cristã! É morta uma nobre mulher." Essa exclamação fora ouvida por muitas Pessoas, inclusive o Prof. M. L. Anderson, que deu por escrito a prova de ter ouvido aquelas palavras. O irmão do apóstata, Sr. B. J. Canright, que estava ao seu lado, também tempos depois deu por escrito a confirmação de que Canright dissera aquelas palavras e se mostrara muito perturbado. Ele não tinha nenhum dever de comparecer ao funeral de quem tanto atacara. Sem dúvida foi o remorso que o levou até lá. Canright faleceu aos 12 de maio de 1919. Tal foi o duro caminho de adversário que ele trilhou.
No entanto, um jornal batista americano afirmou: "Canright foi um fiei batista até á morte." A verdade, porém, [é que ele não foi fiei em nenhum lado onde esteve, e só Deus sabe o desfecho do seu acidentado roteiro religioso.
Não dispomos de espaço para citar todas as suas contradições. Mencionaremos algumas, a título de exemplo.
Em 1884 afirmou em sua confissão: "Não somente aceito mas creio que os testemunhos da Sra. White vem de Deus." Em 1889 diz que os testemunhos não têm valor.
Em 1887, disse: "(A Sra. White) é uma senhora despretensiosa, modesta, de coração nobre e submisso. Conheço-a há 18 anos. Não é presumida, cheia de justiça própria como acontece com os fanáticos." Em 1889: "Ela é rude, de espírito descaridoso, severa, fanática, cheia de louvor próprio."
Palavras mais descorteses e contraditórias escreveu ele. Porém, em face disso perguntamos: Quando Canright disse a verdade? Na igreja adventista ou fora dela? Se disse a verdade quando adventista, seus ataques são insubsistentes. Quando afirmou quando apostatou, não pode merecer crédito, pois por 28 anos soube simular e mentir. Tem um precedente duvidoso, volúvel e contraditório.
Por que Canright não quis que a própria mãe lesse o Seventh-Day Adventism Renounced? Por quê?
O perfil aqui apresentado baseia-se em documentos fidedignos e absolutamente exatos. A esta altura, o leitor estará melhor capacitado para aquilatar dos ataques de Canright contra a nassa obra e verá que o que escreveu não tem fundamenta e não merece confiança.

Referências:
(1)    Seventh-Day Adventism Renounced, D. M. Canright. págs. 25, 74 e 75.
(2)    Testimonies for thc Church, vol. 5, pág. 625.
(3)    Interessantes Revelações Acerca de Canright, R. A., Set. 1945.
(4)    Review and Herald, 3 de maio, 1887.
(5)    I Remember, D. W. Reavis, pág. 120.

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