Com base em Joao 2.1-12
O primeiro milagre de Jesus no Evangelho de João ocorre quando Ele vai ao casamento acompanhado de sua mãe e discípulos. Este evento se deu no momento seguinte ao de Seu batismo por João, o Batista e Sua ida ao deserto, quando foi provado. Por isso, agora, em João 2, estamos tratando do momento em que Ele retorna para o convívio de Sua casa. E quando Ele chega, é bem o momento em que Maria está se preparando para prestar apoio a alguns parentes, numa festa de casamento. Então Jesus segue com ela para a festa. E se há uma lição que jamais devemos esquecer ao lermos o texto do milagre do vinho em João capítulo 2, é a de que Jesus tem grande interesse para com as nossas famílias.
O texto em João não dá muitos detalhes. Mas sabemos que Jesus já havia chamado pelo menos certo número de discípulos. E podemos julgar como Álvaro Barreiro, que o Jesus com o qual Maria se deixa acompanhar para a festa naquele dia era agora um novo homem, bem diferente daquele que partira alguns dias antes. Agora uma atmosfera diferente o circundava e era um Mestre acompanhado de discípulos sérios. E ali, através do primeiro sinal de Jesus, João afirma que eles viram Sua glória e creram nEle.
Este milagre não teria nada de diferenciado se não fosse o lugar e as circunstâncias em que ocorreu. Diz o texto que ocorreu numa festa de casamento. Porque Jesus não realizou antes, a beira do Jordão, quando uma multidão ouviu João aclamá-Lo como o Messias esperado, podendo assim, atrair mais discípulos? E agora, ao realizar o milagre, porque não se proclamou no ato do milagre, mas preferiu agir no anonimato? Vemos que não fez aos olhos da multidão. Também não fez para atrair multidões. Por isso, podemos afirmar que Ele fez o milagre para honrar o matrimonio, ligando-o ao seu sentido verdadeiro.
Paulo se utilizaria da metáfora do casamento em Efésios 5 como um emblema do encontro de Jesus com Sua igreja. Em João 2 não é diferente. Praticamente todos os estudiosos entendem que todo o simbolismo aqui é da união espiritual de Deus com Seu povo, e isso não podemos negar. Não é a toa que João denomina o ato miraculoso de Jesus como um sinal e não simplesmente um milagre. No vinho novo em lugar do vinho velho, vemos que o Novo substitui o Antigo na união de Jesus com Sua igreja. Por isso mesmo aqui, o sentido do casamento como sendo da união de Jesus se encontra revelado. E é por isso mesmo que Jesus tem tanto interesse no assunto envolvendo as famílias. O matrimônio é o espaço sagrado de Sua manifestação para a família humana. Desde seu começo, a família sempre foi o meio pelo qual a glória de Deus invade a sociedade e desperta a fé daqueles que não são crentes ainda.
Paulo se utilizaria da metáfora do casamento em Efésios 5 como um emblema do encontro de Jesus com Sua igreja. Em João 2 não é diferente. Praticamente todos os estudiosos entendem que todo o simbolismo aqui é da união espiritual de Deus com Seu povo, e isso não podemos negar. Não é a toa que João denomina o ato miraculoso de Jesus como um sinal e não simplesmente um milagre. No vinho novo em lugar do vinho velho, vemos que o Novo substitui o Antigo na união de Jesus com Sua igreja. Por isso mesmo aqui, o sentido do casamento como sendo da união de Jesus se encontra revelado. E é por isso mesmo que Jesus tem tanto interesse no assunto envolvendo as famílias. O matrimônio é o espaço sagrado de Sua manifestação para a família humana. Desde seu começo, a família sempre foi o meio pelo qual a glória de Deus invade a sociedade e desperta a fé daqueles que não são crentes ainda.
Por muito tempo se acreditou que a família era a célula máter da sociedade. Porém, hoje, a sociedade já não crê mais no valor e no sentido da família. Pior: por meio da mídia e da cultura, muitos em nossos dias combatem a família. O discurso pró-homossexualismo e as novelas repletas de conteúdo de moralidade duvidosa, têm sido uma verdadeira escola onde o adultério e o divórcio fazem parte da cartilha para a juventude de nossos dias. Certo autor planejou que ao fim de sua novela de televisão todos os casais do elenco se separariam, e isso porque ele não acreditava na instituição do casamento. Têm-se exposto aulas de sexualidade em horários nobres da TV, com direcionamento para a juventude. Ao que parece, os alunos têm praticado bem as lições. O excesso de divórcios e de filhos não-programados, tudo isso denuncia o momento de descrença no ideal da família!
Jesus chegou em Caná em um momento de crise: faltava o bom vinho da festa. E este nosso tempo é também um tempo de crise. Temos de fato percebido a falta do bom vinho. A festa do matrimônio tem estado e falência na sociedade secularizada e em perigo de fracassar em muitos lares cristãos. Li certa vez alguns dados que me deixaram assombrado. Descobri que dentre 10 casais que hoje se casam, cerca de 06 acabam em divórcio, 04 permanecem juntos a vida toda, sendo que destes, apenas 02 vivem felizes. Cerca de 01 milhão de casais se casam todos os anos, mas deste número, cerca de 250 mil se acabam no primeiro ano. A onda de divórcio está crescendo. E o drama maior é que este problema tem atingido a Igreja.
Há irmãos que se casaram perante o altar de Deus, mas se esqueceram os votos pronunciados. Há casos de infidelidade e violência doméstica. Casos de abandono de família de de famílias à beira de uma separação. E por isso podemos afirmar que mesmo entre os crentes no Senhor muitos já não acreditam mais no casamento.
Mas quando lemos o texto de João capítulo 2, o que descobrimos é que Jesus acredita no casamento. Como disse antes, Paulo diz em Efésios capítulo 5 que o casamento se tornou o símbolo da união de Cristo com seus filhos. E ele está falando da Encarnação, evento que marcou a união carnal de Deus com Seu povo através de Jesus. No Éden, Jesus criou o casamento e em Sua missão, Jesus honrou o matrimônio, estabelecendo nele o sinal de Sua aliança com seu povo.
Diante de tudo isso, vale analisar como vão nossas famílias em nossas igrejas. É tempo de avaliar também nosso casamento. Todos nós temos nossa própria história. Não importa se nos casamos numa pequena Igreja ou apenas em um cartório civil. O fato é que quando nos casamos como crentes no Evangelho, nós fizemos uma aliança diante de Deus e de testemunhas. Porém, entre as nossas paredes sabemos como estamos nos portando em relação aos nossos votos conjugais. Como Eliseu Deus tem-nos perguntado: “vai tudo bem contigo, com teu marido e com teu filho?”
Penso que nestes dias em que tanto se tem falado acerca de reavivamento e reforma, este é um dos principais quesitos de nosso retorno para Deus: a ênfase na fidelidade aos votos conjugais e o erguimento da religião em família. É tempo de trazer Jesus para o convívio de nossa família para que a revolução que Deus espera acontecer na igreja tenha seu ponto de origem o seio de nosso lar.
Tal como em Caná, precisamos que Jesus entre me nossa casa e faça o milagre. Se o recebermos, isso de fato ocorrerá. Por isso, a importância do erguimento do altar de Deus em nossas casas. É através disso, tal como fez em Caná, é certo que o SENHOR revelará Sua glória tocará nossa vida familiar.
E a novidade de Jesus ultrapassará sempre as expectativas. O melhor vinho está para vir. [Claudio Soares Sampaio].
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