Por J.
Washington - Novo Tempo
Muitas
pessoas — ou por ignorância ou como um meio de justificar seus atos de
imoralidade — dizem que Deus condenou toda e qualquer manifestação sexual. Mas
a verdade é exatamente o contrário. A Bíblia sempre fala dessa relação
aprovativamente — desde que seja limitada a casais casados. E quanto a se
relacionar sexualmente nas horas do sábado, dia abençoado e santificado pelo
Criador, pode?
Foi
Deus quem criou o sexo. Ele formou humanos, não com o fim de torturar homens e
mulheres, mas para proporcionar-lhes satisfação e senso de realização pessoal.
Conservemos sempre em mente como foi que isso se deu. O homem sentia-se
irrealizado no Jardim do Éden. Embora vivesse no mais belo ambiente do mundo,
cercado de animais mansos de toda espécie, ele não tinha uma companheira.
Então, Deus retirou de Adão um pedaço de seu corpo, e realizou outro milagre da
criação — a mulher — semelhante ao homem sob todos os aspectos, com exceção do
aparelho reprodutor. Ao invés de serem opostos, eles se completavam mutuamente.
Será que Deus iria ter o trabalho de preparar Suas criaturas, dando-lhes a
capacidade de realizar determinada atividade, para depois proibi-los de
realizá-la? Não seria o Deus de amor tão descrito na Bíblia. Aquele que não
poupou ao seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não
nos dará graciosamente com ele todas as coisas (Romanos 8:32).
Examinando
os fatos objetivamente, temos que concluir que o sexo foi dado ao homem, pelo
menos em parte, para sua satisfação conjugal. Para termos outras evidências de
que Deus aprova o ato sexual entre casais, consideremos a bela narrativa que
explica sua origem. De todas as criaturas de Deus, apenas o homem foi criado à
imagem de Deus (Gênesis 1:27). Isso torna a humanidade uma criação singular
dentre as criaturas da Terra. O verso seguinte explica: E Deus os abençoou, e
lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos (Gênesis 1:28). A seguir, Ele faz um
comentário pessoal acerca de Sua criação: Viu Deus tudo quanto fizera, e eis
que era muito bom (Gênesis 1:31).
O
capítulo dois de Gênesis apresenta uma descrição mais detalhada da criação de
Adão e Eva, incluindo a informação de que o próprio Deus conduziu Eva até Adão,
dando-lhe como presente (verso 22) e, evidentemente, apresentou-os um ao outro,
e ordenou para serem fecundos. Em seguida, o texto descreve a inocência deles
com as seguintes palavras: Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e
não se envergonhavam (verso 25). Adão e Eva não sentiram nenhum
constrangimento, nem ficaram envergonhados nessa ocasião, por três razões:
haviam sido apresentados um ao outro por um Deus santo e reto, que lhes
ordenara que se amassem; sua mente não estava preconcebida quanto a culpa, pois
ainda não havia sido feita nenhuma proibição relativa ao ato sexual; e não
havia outras pessoas por ali, para observarem suas relações íntimas.
Fora
do Éden, após o pecado da desobediência, o primeiro casal e todos os demais
enfrentaram as conseqüências. Preocupado com a saúde e bem estar dos seus
filhos, Deus pede que as relações sexuais sejam evitadas no período que a
mulher esteja menstruada. “Não tenha relações com uma mulher durante a
menstruação”. (Levítico 18:19)
Vários
séculos depois, o profeta Ezequiel registrou as palavras de Deus que relacionam
o “homem justo” com aquele que não se chega “à mulher na sua menstruação”
(Ezequiel 18:5 e 6). Hoje podemos compreender que, por razões higiênicas e
estéticas, a penetração deve ser descartada durante as regras da mulher. Não há
na Bíblia, um mandamento que diga que o sexo no sábado é pecado. O sábado é
santo, o casamento é santo e o ato sexual deve ser santo. “O casamento deve ser
honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os
imorais e os adúlteros”. (Hebreus 13:14)
A
única proibição da Bíblia diz respeito a atos sexuais extra ou pré-conjugais. A
abstinência de sexo em um dia da semana ou em uma ocasião específica deve ser
uma decisão exclusiva do casal.
“O
homem deve cumprir o seu dever como marido, e a mulher também deve cumprir o
seu dever como esposa. A esposa não manda no seu próprio corpo; quem manda é o
seu marido. Assim também o marido não manda no seu próprio corpo; quem manda é
a sua esposa. Que os dois não se neguem um ao outro, a não ser que concordem em
não ter relações por algum tempo a fim de se dedicar à oração. Mas depois devem
voltar a ter relações, a fim de não caírem nas tentações de Satanás por não
poderem se dominar”. (1 Coríntios 7:3-5)
O
casal que concorda em não fazer sexo e se dedica a práticas religiosas, deve
ser respeitado. Deus não tem prazer na infelicidade de ninguém, Ele deseja que
todos tenham vida abundante. É importante lembrar que sexo é, também, uma
necessidade natural. Há organismos que ficam mais dias sem tal prática, outros
não. O Criador conhece cada caso. O sexo entre um homem e uma mulher os torna
uma só pessoa, uma só carne, uma bênção. Essa união foi estabelecida por um
Deus que criou seres humanos a Sua imagem e semelhança. O sexo criado pelo
Senhor não tem nada com a pornografia dos dias atuais.
Se
“é lícito, nos sábados, fazer o bem” (Mateus 12:12); salvar uma ovelhinha,
amar, fazer um carinho, alimentar-se, não configuram pecado. Fazer sexo no
sábado não é um ponto de tensão na Bíblia. A questão a se refletir é que tipo
de sexo está sendo praticado, se o sexo está sendo feito de forma santa ou
profana, se essa experiência enobrece e eleva os filhos de Deus a uma
experiência benéfica para o corpo, mente e espírito. Se Deus está sendo honrado
ou não. Esse princípio reflexivo vale para tudo que fizermos na vida,
especialmente no dia em que o Criador nos convida para um encontro especial com
Ele. (Êxodo 20:8-11)
No
livro de Provérbios, a relação sexual não tem limitações de tempo, pois está
escrito: “Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as
suas carícias” (Provérbios 5:19). Obviamente, em todo o tempo e sempre incluem
os sete dias da semana. Lamentavelmente, ainda existe na grande comunidade
cristã o preconceito milenar de que o sexo teve algo a ver com o pecado
original do casal edênico. Portanto, crê-se que é um “mal necessário” para
procriar, mas que fora isso, praticá-lo por puro prazer é promover as “concupiscências
da carne” e desejar o pecado. Tal postura é totalmente antibíblica. Você acha
que Adão recebeu Eva e a ordem para o ato de procriar na sexta e ficou
esperando até no domingo? Portanto, se o sábado é santo, e o sexo no casamento
é tão santo, não há nada que poderia se combinar melhor, ao ponto de podermos
dizer que não haveria um dia mais adequado para tanto. Aconselha-se a leitura
do livro “O Ato Conjugal”, de Tim e Beverly LaHay, Editora Betânia.
Por
fim, não há nada que possa tornar ilícito ou imoral o ato sexual no dia do
sábado. Isto é, desde que seja um ato legítimo que não interfira com o dar a
primazia a Deus e às atividades sagradas do sábado planejadas pela igreja.
Embora seja legítimo fazê-lo no sábado, não se deveria planejá-lo sistematicamente
para esse dia, como tampouco para nenhum dia específico da semana, dando assim
lugar à espontaneidade.
Seja
feliz!
Com carinho: J.
Washington - Novo Tempo
Спасибо, очень интересная заметка.
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