De tanto amar-te e por querer-te tanto
De mim até me esqueço e me enclausuro
Neste modo imprudente e inseguro
De me perder somente em teus encantos.
A tudo o mais me nego e te procuro
E é tamanha esta vertigem que me espanto
Mas me alijo de temer o desencanto
E de promessas vou tecendo meu futuro.
Promessas de afeto e de ternuras
O teu toque em meu corpo anuncia
Quando eu mesmo sonho te acompanho.
E mergulhado nesse abismo de loucuras
Eu caminho pelo céu à luz do dia
Imaginando ser real o que é um sonho.
Muito bom, meu amigo. Um soneto sólido e respeitando a longa tradição da língua de sonetos amorosos. Parabéns.
ResponderExcluirUma grata surpresa tê-lo por aqui, sapiente... não sabia que dava importância às minha notas.
ExcluirSobre poesia, quem sabe um dia alcanço sua erudição, rs
abraço.