Header Ads

Stephen Hawking Morreu Descrente


"Não há nenhum Deus. Sou ateu" - Stephen Hawking

Hoje cedo fui notificado da morte do grande cientista contemporâneo, Stephen Hawking. Nascido no Reino Unido em 8 de janeiro de 1942, Hawking foi catedrático de Cambridge, escreveu diversas obras referenciais acerca de Cosmogonia tais como "Uma Breve História do Tempo" (1988) "O Universo numa Casca de Noz" (2001) e "O Grande Projeto" (2010), sendo reconhecido na atualidade como uma das maiores autoridades nessa matéria. Viveu 76 anos.

Ano passado (2017) pude assistir a um filme sobre sua vida, "A Teoria de Tudo", que me tocou muito. Esse filme foi baseado em um livro biográfico de Jane Hawking, ex-esposa do cientista. Nele, há a apresentação da mente prodigiosa, que teve logo no inicio de sua vida acadêmica, o ataque da enfermidade degenerativa que o levou a uma série de limitações físicas. Depois de superar o choque inicial, Hawking enfrentou todos os obstáculos, graduou-se, tornou-se Doutor sendo aclamado como um dos maiores nomes da Ciência contemporânea.

Hawking morreu, e isso é triste. Mas essa não é a pior notícia. O que eu gostaria de refletir aqui é sobre o seu posicionamento acerca da existência de Deus. Sabe-se que no começo, bem cedo, o cientista era aberto à ideia da existência de um Criador. Mas como sempre ocorreu o estudioso mudava seus conceitos frequentemente. E de fato, bem no fim da vida, sabe-se que teria abdicado da crença na existência de um Ser Divino que deu luz à criação.

Pensando nisso, considero esse posicionamento de Hawking algo lamentável, até mesmo mais que sua morte. Para mim que sou um cristão e creio não apenas numa origem comum da família humana, como também que essa origem é Deus, e também que esse Deus redimiu sua criação da morte pelo dom de seu Filho, me entristeço diante de todos os que recuam diante da crença em Deus e da promessa da vida para além da morte. Creio que como diz a Escritura, por meio de nossa fé e entrega a Deus, todos podemos ter a esperança de uma vida eterna ao lado dEle no seu Reino. Creio na esperança da ressurreição dos mortos e que se alguém se dispõe a crer, ainda que morra viverá eternamente (João 11:25-27). Por isso meu coração se entristece, não apenas pela notícia de sua morte, mais ainda por saber que Hawking enquanto vivo, não se dispôs a crer nessa boa nova e abdicou de tão grande salvação.

Mas fico a pensar: Qual teria sido a dificuldade de Hawking? Ele que certa ocasião teria escrito que "O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, é a ilusão do conhecimento" e que "Meu objetivo é simples: É um entendimento completo do universo, por que ele é como ele é e por que ele existe afinal", teria encontrado em Deus um Objeto que teria desafiado os limites de sua mente prodigiosa? Seria a mera busca da racionalização da fé a razão desse conflito entre a fé e a descrença? Ou teria sido a batalha contra suas limitações físicas, e o aparente "silêncio" de Deus diante delas? Nesse caso, ele não seria o primeiro a fazer isso. Mesmo os cristãos mais fiéis podem se encontrar em conflito com suas convicções diante de situações extremas, quando oram e esperam o mover de um Deus que aparentemente permanece "mudo".

Como crente em Deus, eu não condeno Hawking pela sua dificuldade pessoal diante do desafio da fé. Não é fácil desenvolver a fé nesse mundo de sofrimentos. Eu apenas oro para que Deus sempre use de misericórdia para com aqueles que encontram dificuldades para desenvolver uma fé verdadeira, ao lidarem com a presença do mal e do sofrimento em nível pessoal. Hawking possivelmente pode ter sido uma dessas pessoas. E sinceramente, gostaria de ser surpreendido na glória futura, e vê-lo entre os redimidos para a Eternidade ao lado de Deus, quando todas as coisas forem recriadas, conforme Apocalipse 21:1-4. O Céu será um lugar de surpresas, sabemos disso.

Para terminar, cito um pensamento de outra mente prodigiosa, que lidou com muitas dificuldades em seus dias, mas obteve de Deus forças para crer na esperança da ressurreição: "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." - (1Coríntios 15:19).

2 comentários:

  1. A cosmogonia cristã é totalmente egoísta. Baseada nas palavras de Jesus (a Israel) todos os cristãos do mundo se acham agentes da única salvação, mas não deve ser. Mas se formos levar em conta as palavras de Jesus para a nossa alma, e não aquelas levadas a um âmbito menos universalista: "amar a Deus, e fazer o bem ao próximo" são dois princípios básicos da Salvação. Amar a Deus significa acreditar nele? Lógico que não! Se eu fizer o bem aos "pequeninos" é a Cristo qe estou fazendo, e instintivamente estou amando a Deus, mesmo que eu não creia nele. Em toda história cristã, quando diz que você tem que crer e Deus para ser salvo, essa oração está carregada também de violência, ou seja, ou você crê em Deus e seja salvo, ou você não crê em Deus e eu te mato. Então diante disse, eu acredito sim, que você terá uma grande surpresa quando chegar na Glória, e encontrar lá Stephen Halcking totalmente recuperado. Isso para mim não será uma surpresa, porque a muito eu abandonei esse egoísmo histórico dos cristãos. Deus está acima de tudo, é perfeito em si mesmo, e se Ele punir uma pessoa só por não crer, essa sua condição será rebaixada - creio eu - a uma condição humana, cheia de erros, falha e com visão limitada.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grimaulde Gomes, li seu comentário mas penso que não deixei claro o meu pensamento e por isso digo que vc não o compreendeu completamente. Eu digo que não penso minha fé de forma egoísta como vc está pintando no comentário, embora eu saiba que há muitos que pensam assim. Mas é justamente o oposto que sugiro, ou seja: a misericórdia de Deus para com aqueles que tentaram mas não conseguiram superar os motivos para descrer.

      Porém deixo um alerta: Não digo que a bem aventurança eterna seja Universal, como pregaram os filósofos da modernidade pós Kant, na era do Iluminismo, uma vez que mesmo através dos evangelhos sempre houve um chamado ao seguimento que exige um preço. Ou seja, não dá pra afirmar nada acerca de uma fé bíblica se minha afirmação também não é bíblica. Não vou ser um chato citando muitos versículos, mas vou deixar subtendido aqui, pois sei que vc é um estudioso da Bíblia.

      Além disso, sobre essa dita violência, pensemos: em tudo a espiritualidade verdadeira, que conduz a Deus (não aquela de forma mística mas de forma prática) envolve e sempre envolverá liberdade consciente, tanto para crer quanto para descrer. A graça divina é como uma mão estendida de Deus para o homem. A fé é como a mão do pecador que se estende em resposta a Ele. Isso envolve liberdade. O contrário disso sim, seria violência, invasão. Intimidade forçada é estupro. Deus não seria como o Diabo, que vem como ladrão e salteador. Há aqueles que ignoram a pessoa de Deus em muitos de seus requisitos, mas a fé é algo tão livre para desempenhar, que Paulo afirmou em Romanos 1:20-22 que os que se recusam a reconhecer a existência de Deus quando recebem possibilidade para crer são indesculpáveis: "Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos". Aqui Paulo fala de uma atitude consciente de descrença quando Deus é revelado de modo natural.

      Sobre Hawking, o que posso dizer? Sei que era casado com uma mulher cristã que não relutou em sua fé, enquanto que Hawking conscientemente retrocedeu. Ela chegou a afirmar que ela entendia a angustia de um jovem que aos 21 anos teve sua vida roubada, e Deus aparentemente não fez nada por ele. Ele não nasceu ateu, se tornou um.

      Sabe o que eu acho? NO fundo, creio que ateus como ele nunca foram ateus de fato. Eles lutam contra Deus, e se postam diante dEle de forma desafiadora, mas no fundo são filhos angustiados que sofrem o sentimento de orfandade e querem apenas um gesto de atenção do Criador. Acho que Deus saberá lidar com cada um deles. Ele sempre é pleno de misericórdias.

      Assim creio.

      Abraço. Gostei da conversa. Volte a comentar.

      Excluir

Sua opinião é importante para mim. O que você pode acrescentar? Entretanto, observe:

1. Os comentários devem ser de acordo com o assunto do post.
2. Avalie, pergunte, elogie ou critique. Mas respeite a ética cristã: sem ataques pessoais, ofensas e palavrões.
3. Comentários anônimos não serão publicados. Crie algum nome de improviso para assinar o escrito, caso não queira se identificar.
4. Links de promoção de empresas e sites serão deletados.
5. Talvez seu comentário não seja respondido imediatamente
6. Obrigado pela participação.