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DESCOBRINDO PELÉ


Alguns dizem que não há nada extraordinário nos números de Pelé, pois se ele jogasse nos dias de hoje não realizaria os mesmos feitos. 

Mas pergunto: se foi tão simples, por quê nem em seu tempo ou nos dias de hoje ninguém jamais alcançou suas marcas? 

Eu não tive a alegria de ver o Pelé jogando, tinha cinco anos apenas quando se aposentou em 1977. Talvez por isso nunca fui seu fã e como muitos de meu tempo, sempre imaginei que outros como Ronaldo e Romário fossem melhor do que ele no trato com a bola. 

Porém, desde domingo, aproveitando minhas férias e a repercussão de sua morte recente, tentei compensar minha ignorância assistindo a dois documentários e um filme ligados à biografia do rei do futebol. E foi assim que, tardiamente, descobri o Pelé. 


Através do filme "Pelé, o Nascimento de Uma Lenda" (2016) vi detalhes de sua infância em Bauru-SP, quando jogava as peladas nos campinhos de terra de sua cidade. Conheci a influência de seu pai, que acreditou em seu talento diferenciado e o encaminhou ao Santos FC, bem como  quando se revelou para o mundo, na conquista de seu primeiro Mundial em 1958, aos dezessete anos de idade. O filme mostrou especialmente como a ginga de Pelé foi o contraponto ao futebol científico e duro dos europeus naquele período.   


Por meio do primeiro documentário, "Pelé Eterno" (2004), pude ver uma exposição cronológica da trajetória do jogador, com destaque para seus principais gols e títulos conquistados. Foi, literalmente, uma viagem no tempo.


Entretanto, para mim, o documentário "Pelé" (2021) foi o material mais honesto, pois nele a narrativa se desenvolve através de uma entrevista com o jogador, já na sua velhice, um ano antes de sua morte. Esse documentário inclusive me serviu como um filtro para o filme, que apesar de interessante, me desagradou pela ênfase exagerada nos conflitos vividos pelo personagem, que diga-se de passagem, é bem caricaturesco, além do fato de todo o elenco principal ter sido formado por gringos. 

Após esse exercicio e depois de assistir a outros tantos depoimentos, descobri o óbvio: Pelé foi e é inigualável, insuperável. Não digo nada sobre a pessoa Edson Arantes do Nascimento, mas como o jogador "Pelé", ninguém foi como ele. Todo repertório de jogadas criativas dos atletas de hoje, como Ronaldo e Romário, já foram feitas por ele, ha mais de 40 anos atrás. 

Pelé chutava com as duas pernas, deixando dúvidas se era destro ou canhoto. Tinha arrancada explosiva, cabeceava com impulso extraordinário, dava bons passes, driblava como ninguém, batia faltas, e chegou a atuar como goleiro, em algumas partidas. 

Quando anunciou sua aposentadoria aos 35 anos Pelé estava em sua melhor fase, com mais de mil gols marcados. Retornou ao gramado dois anos depois a convite do time Cosmos, de Nova Iorque, em 1977, atraído pela ideia de ajudar a difundir o futebol nos EUA. Foi campeão da Liga Norte Americana de Futebol (NASL) por esse time, quando abandonou definitivamente o futebol. 

Pelé ganhou três Copas do Mundo. Foi seis vezes campeão brasileiro e duas vezes campeão da Libertadores, entre outros títulos. Foi o maior artilheiro da história, com 1283 gols. Foi reconhecido como o Atleta do Século, pelo Comitê Internacional, porém há quem diga que como jogador, ele foi o maior da história. 

Ao anúncio de sua  morte em 29 de dezembro de 2022, o Governo decretou luto de três dias, mas creio que muitos fãs apaixonados sofrerão sua ausência por muitos anos. 

No fim de tudo,  descobri como tantos, que Edson Arantes do Nascimento de fato morreu, mas Pelé permanece vivo, será eterno, não morrerá jamais. As futuras gerações falarão dele. E eu, como brasileiro, sinto que lhe devia essa simples homenagem. 

#RIPPelé. Os povos do mundo todo te amam 

Claudio Sampaio
Férias 03 janeiro 2023

Cite a fonte = http://pastorclaudiosampaio.blogspot.com


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