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O Trabalho de Deus


“Estou plenamente certo de aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até o Dia de Cristo Jesus” (Fp 1:6).

Cláudio S. Sampaio 

Quantas vezes, meu coração se viu acuado diante da percepção de minha própria fraqueza! Quantas vezes, frente à grandeza da tarefa, com a mesma ansiedade que atingiu o coração do Apóstolo, me perguntei: “quem, porém, é suficiente para estas coisas?” (2Co 2:16).  

Porém, descobri que o Ministério não é uma exclusividade dos "perfeitos". A maioria dos Ministros com quem converso já enfrentou essa sensação de inadequação. Por ocasião de minha ordenação ao Ministério essa impressão veio ao meu coração de uma maneira como nunca havia experimentado antes. Busquei repartir essa angústia com um colega pelo qual nutria admiração e respeito. Foi quando ouvi que as mesmas ansiedades também afligiam seu coração. Desde então, com lágrimas, assumi o fardo de minha debilidade, entendendo que todos têm fraquezas, e que a vitória sobre elas talvez exija a vida toda.  

Somos “lavoura de Deus, edifício de Deus” (1Co 3:9). Laborar no ofício do plantio é sempre um desafio, não menor que o de construir casas. A cada dia percebo como fundamental a noção de que ainda não estou pronto, e de que meu ofício será sempre lidar com pessoas inacabadas, árvores germinando na semente. Mas Deus estabelece tempos e estações, e a Ele pertence o milagre do fruto abundante. Como na parábola, apesar da ansiedade do que semeia, a semente germina e cresce “não sabendo ele como” (Mc 4:27). Os frutos vêm em resultado do trabalho amoroso do Pai, sempre pleno de graça e misericórdia. Quando lançamos a sorte no Reino de Deus obtivemos o amparo de Sua graça. Deus começou a “boa obra” e Ele mesmo há de concluí-la.

Com isso em mente, aprendi a não ser demasiadamente severo. Aprendi a cultivar a graça da paciência quando confrontado comigo mesmo e com as deficiências do rebanho. Como quem planta ou quem rega descobri que sou um cooperador de Deus e somente Ele é o “que dá o crescimento” (1Co 3:7). E se a mim foi dada a graça de chegar até o ponto em que me encontro, Ele mesmo se encarregará de levár-me adiante, a maiores alturas, a vôos cada vez mais amplos, no vasto universo de Suas infinitas possibilidades. 

É com esse pensamento que me despeço do velho ano, cheio de expectativas. Pois sei que Aquele que começou boa obra em mim “há de completá-la até o Dia de Cristo Jesus” (Fp 1:6). [Claudio Soares Sampaio]

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