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DIA 35: JORNADA ESPIRITUAL DE 40 DIAS - A ETERNIDADE DE DEUS


Nossa leitura de hoje trata sobre a visão da eternidade de Deus ou sobre o que queremos dizer quando afirmamos que Deus é eterno. Uma das riquezas dessa verdade é que o eterno se fez um ser no tempo para nos abrir as portas da eternidade. O conteúdo vem da lavra do grande A. Tozer. Antes de ler faça sua prece e leia o Salmo 90. 


Deus abençoe sua jornada!


A Eternidade de Deus


“Neste dia os nossos corações aprovam com alegria o que nossa razão nunca poderá compreender plenamente, a Tua eternidade, ó Ancião de dias. Não és desde a eternidade, Senhor, Deus meu, o meu Santo?


Nós Te adoramos, Pai Eterno, cujos anos não têm fim; e a Ti, Filho gerado pelo amor, cujas saídas têm sido sem início; reconhecemos e adoramos-Te a Ti, Espírito Eterno, que antes da fundação do mundo vivias e amavas em glória co-igual com o Pai e o Filho.


Engrandeça e purifique as moradas de nossas almas para que sejam dignas habitações do Teu Espírito, que prefere a todos os templos, o coração reto e puro. Amém.


O conceito de eternidade apresenta-se como uma imponente cordilheira de montanhas em toda a Bíblia e avulta no pensamento ortodoxo hebraico e cristão. Se rejeitássemos esse conceito, seria totalmente impossível termos novamente os pensamentos dos profetas e apóstolos, pois estes estavam plenos dos longos sonhos da eternidade.


Porque a palavra eterno por vezes é usada nas Escrituras para indicar simplesmente algo de longa duração (como "os montes eternos"), algumas pessoas têm argumentado que o conceito da existência infinda não estava na mente dos escritores quando fizeram uso da palavra, mas foi acrescentado mais tarde pelos teólogos. 


Não foi este o único caso em que se fez uma tentativa de aniquilar a verdade com o intuito de silenciá-la, para que não viesse a depor mais tarde como testemunha contra um erro.


Verdade seja dita, se a Bíblia não ensinasse que o ser de Deus é infinito, ate o último significado desse termo, seriamos ainda assim compelidos a inferir essa idéia com base em Seus demais atributos; e se as Escrituras Sagradas não contivessem uma palavra para a eternidade absoluta, seria necessário inventarmos uma que expressasse o conceito, pois ele é presumido, subentendido e tomado como certo através de toda a Bíblia inspirada. 


A idéia de infinitude é para o Reino de Deus o que o carbono é para o reino da natureza. Da mesma forma que o carbono está presente em quase todo lugar, e é elemento essencial em toda matéria viva, suprindo energia a toda forma de vida; assim também o conceito de eternidade é necessário para dar significado a qualquer doutrina cristã. 


Realmente, não conheço qualquer princípio da crença cristã que pudesse reter a sua essência se a idéia de eternidade lhe fosse extraída.


"De eternidade em eternidade Tu és Deus" afirmou Moisés, inspirado pelo Espírito, no Salmo 90:2. "Do ponto que desaparece ao ponto que desaparece" seria uma outra maneira de apresentar a idéia do salmo, perfeitamente conforme as palavras de Moisés. 


É como se mente retrocedesse no tempo, até que o passado remoto (a eternidade) desaparece, e então se volta, olhando para o futuro até onde pensamento e a imaginação se esgotam (eternidade); e Deus está em ambos os pontos, imune a qualquer deles. Da eternidade a eternidade ele é Deus.


O tempo marca o início da existência criada, e como Deus nunca teve início de existência, o tempo não se aplica a Ele. "Começo" é uma palavra que indica tempo, e não tem significado pessoal para o Altíssimo que habita a eternidade.


“Nenhuma era sobre Ti poderá somar seus anos; Deus amado! Tu és, Tu mesmo, a Tua própria eternidade.” - Frederick W. Faber.


Deus habita em um Agora permanente, por isso Ele não tem passado nem futuro. Quando ocorrem palavras indicativas de tempo nas Escrituras, elas sempre se referem ao nosso tempo, não ao dEle. 


Quando os quatro seres viventes perante o trono exclamam: "Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, aquele que era, que é e que há de ser", estão identificando a Deus com o ritmo de vida das criaturas em seus três tempos; isto está certo e é bom, pois Deus soberanamente desejou assim Se identificar. Mas, por ser Deus incriado, Ele é imune à sucessão de mudanças consecutivas que nós denominamos tempo.


Deus habita na eternidade, mas o tempo habita em Deus. Ele já viveu o nosso amanhã, assim como já viveu o nosso ontem. C. S. Lewis nos oferece uma ilustração que poderá ser de auxílio neste ponto. Ele sugere que pensemos numa folha de papel estendida ao infinito, desenhando nela uma linha curta que representa o tempo. Da mesma forma como a linha se inicia e termina naquela expansão infinita, o tempo começou em Deus e terminará nEle.


Não nos é difícil compreender que Deus apareça no início do tempo, mas a idéia de que Ele apareça simultaneamente no início e no fim não é tão fácil de apreender; mas é, no entanto, verdadeira. 


Nós conhecemos o tempo como uma sucessão de eventos. É o modo pelo qual explicamos as mudanças consecutivas no universo. As mudanças não ocorrem duma só vez, mas sucessivamente, uma após outra, e é a relação entre "antes" e "depois" que nos dá a idéia de tempo. Nós esperamos que o sol se mova de leste para oeste ou que o ponteiro do relógio dê a volta no mostrador, mas Deus não precisa esperar. Para Ele tudo que vai acontecer já aconteceu.


Esta a razão pela qual Deus pode afirmar: "Eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam" (Isaías 46:10). Ele vê o fim e o início num só relance.


Nicholas of Cusa esclarece: "Pois a duração infinita, que é a essência da eternidade, inclui  toda sucessão, e tudo que nos parece sucessão não existe posteriormente ao Teu conceito, que é a eternidade. Assim, porque es Deus Todo-Poderoso, Tu habitas dentro dos muros do Paraíso, e este muro é o orio de convergência entre mais tarde e mais cedo, em que o li se encontra com o início, em que Alta e Omega são o mesmo... Pois AGORA e ENTÃO coincidem dentro do cículo dos muros do Paraíso. Mas, ó Deus meu, Absoluto e Eterno, transcendendo o presente e o passado, Tu existes e falas.»


Quando já muito avançado em anos, Moisés escreveu o Salmo 90, que lemos no início deste capítulo, celebrando nele a eternidade de Deus. Para ele esta verdade era um fato teológico perfeitamente sólido, tão sólido e firme quanto o monte Sinai que lhe era familiar, tendo também dois significados práticos: porque Deus é eterno, Ele pode ser e continuar sendo para sempre o único abrigo seguro para Seus filhos. 


"Senhor, Tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração". 


O segundo pensamento não é menos confortador: sendo tão longa a eternidade de Deus e tão curtos os nossos anos sobre a terra, como estabeleceremos as obras de nossas mãos? Como escaparmos à ação abrasiva dos acontecimentos que nos desgastariam e nos destruiriam? 


Deus enche e domina o Salmo, portanto, é a Ele que Moisés faz o seu apelo: "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio". Que o conhecimento da Tua eternidade não seja em mim desperdiçado!


Nós que vivemos nesta época agitada, seríamos sábios se meditássemos sobre nossas vidas e os nossos dias longa e frequentemente perante a face do Senhor, e à beira da eternidade.


Pois fomos criados para a eternidade tão certamente como fomos feitos para o tempo, e como seres morais responsáveis temos de enfrentar a ambos.


"Também pôs a eternidade no coração do homem", disse o Pregador, e creio que aqui ele está revelando tanto a glória quanto a miséria dos homens. Ter sido criada para a eternidade e forçada a viver no tempo é para a humanidade uma tragédia de enormes proporções. Tudo dentro de nós clama pela vida e pela permanência; no entanto, tudo que nos cerca nos faz lembrar da mortalidade e da mudança. Porém, o fato de Deus nos ter feito de material eterno é uma glória e uma profecia, uma glória posto que futura, e profecia porque ainda virá a ser cumprida.


Espero que o leitor não me considere por demais repetitivo se mais uma vez volto àquele importante sustentáculo da teologia cristã, a imagem de Deus no homem. As marcas da imagem divina têm sido tão obscurecidas pelo pecado que é difícil identificá-las; mas, não seria razoável crer que uma dessas marcas seja o desejo insaciável do homem pela imortalidade?


‘Tu não nos deixarás no pó. Oh! Não.

Criaste-nos! Não vemos a razão,

Mas Tu não nos criaste para o inferno;

Criaste-nos! É justo e és eterno.’


Assim raciocinou Tennyson, e os instintos mais profundos do coração humano concordam com ele. A antiga imagem de Deus fala dentro de cada homem de uma esperança eterna; em algum lugar ele continuará a existir. Mas, mesmo assim, não pode regozijar-se, pois a luz que ilumina a todo homem que vem ao mundo perturba a sua consciência, atemorizando-o com provas de culpa e evidências da morte vindoura.  É então esmagado, como se estivesse num moinho, entre a pedra de cima da esperança e a pedra debaixo do temor. 


É quando surge, então, a suave importância da mensagem cristã: "Jesus Cristo, como Deus encarnado adentrou nosso tempo e não  só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho". Isso se tornou real  por meio de sua morte e ressurreição. Assim escreveu o maior dentre todos os cristãos, pouco antes de ser executado. 


A eternidade de Deus e a mortalidade do homem se unem a fim de persuadir-nos de que a fé em Cristo Jesus não é uma opção: todo homem terá de escolher entre Cristo e a tragédia eterna. Da eternidade, nosso Senhor entrou no tempo a fim de socorrer os Seus irmãos humanos cujo erro moral fizera deles não somente joguetes dum mundo passageiro, como também escravos do pecado e da morte.


A curta vida aqui é nossa parte, 

Breve tristeza, zelos temporais. 

A vida enorme que não sofre corte 

está ali, sem lágrimas nem ais.

Ali Deus, nosso Rei, nossa herança, 

Na plenitude de Sua graça, afiança

Que O veremos para sempre, e então

Todos os homens O adorarão.

  • BERNARDO DE CLUNY”


Fonte: A. Tozer. Mais perto de Deus, Pág 49-54


Reaja: Qual sentimento brota em você ao saber que a sede da vida pode ser satisfeita em Deus? Como Jesus resolveu esse problema para o ser humano? Qual a ação divina é qual a ação humana nesse processo? Até que ponto está você disposto a dar o passo exigido para sua redenção?


E não se esqueça:


Os que põem toda a armadura de Deus e devotam algum tempo cada dia à meditação, oração e estudo das Escrituras estarão em ligação com o Céu e terão uma influência salvadora, transformadora sobre os que os cercam. Pensamentos elevados, nobres aspirações, claras percepções da verdade e dever para com Deus, serão seus. Ansiarão por pureza, luz, amor, por todas as graças do novo nascimento.” – Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, págs. 112 e 113.


Para terminar reflita sobre a agenda de Deus para você hoje. O que você pensa que Deus espera que você faça após essa leitura?


 Bom dia! 


Cite a fonte = http://pastorclaudiosampaio.blogspot.com

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