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DIA 36: JORNADA ESPIRITUAL DE 40 DIAS - A ONISCIENCIA DE DEUS





Prosseguindo na proposta de imersão na pessoa de Deus, hoje trataremos da onisciência de Divina. Esse atributo se relaciona diretamente ao seu conhecimento pleno de nossa vida e de como podemos colaborar com seu desejo de nos salvar para ele. 


Boa jornada!


O grande “Sabe-Tudo” do universo 


Se o seu curso ginasial foi como o meu então provavelmente tinha um “sabe-tudo" em sua turma. Ele ou ela parecia saber todas as respostas e para todo assunto, o sabe-tudo sabia falar extensivamente a respeito dele, agindo como se soubesse tudo, porque obviamente, isso não era verdade.


O Universo contém apenas um "Sabe-Tudo", e não é aquela figura da quinta série. O único que sabe todas as coisas é o grande Deus, cuja perfeição estivemos  buscando conhecer. 


Um dos atributos do nosso Deus é a sua onisciência, uma palavra composta de duas outras: “omni”, que significa "tudo" e “scientia”, que quer dizer "conhecimento".


Portanto, quando falamos da Onisciência de Deus, estamos nos referindo ao seu "conhecimento ilimitado", ao que Deus sabe. A onisciência faz parte da trilogia de "omnis" que estudaremos. 


Nos próximos dois dias, examinaremos a Onipotência de Deus, seu poder infinito, e a Onipresença de Deus, o fato de Ele existir simultaneamente em todos os lugares. 


Mas agora nos concentraremos em sua onisciência. Uma definição simples da onisciência de Deus se refere ao seu conhecimento perfeito de todas as coisas, reais ou virtuais.


Em outras palavras, a onisciência de Deus significa que não há absolutamente algo que Ele não saiba, que não existe qualquer sistema de informações, nem conjunto de dados que não seja do conhecimento de Deus. Ele não depende de alguém fora dele para obter qualquer informação a respeito de qualquer coisa.


É completamente diferente de nós. Nós dependemos do conhecimeno de alguém. Na verdade, as vezes apostamos nossas vidas no fato de que alguém sabe alguma coisa.


Poucas pessoas conferem o remédio com a receita. Não abrimos as capsulas para nos certificar dos componentes. De qualquer forma, não os reconheceríamos mesmo. Sabemos apenas que o médico fez a prescrição, o farmacêutico vendeu o remédio e nós vamos engoli-lo.


Eu poderia multiplicar os exemplos, mas acho que já deu para entender. Dependemos imensamente do conhecimento das outras pessoas.


Há a história do avô muito rico que estava envelhecendo. Estava ficando surdo, mas foi ao médico e recebeu um aparelho auditivo especial. 


Quando voltou no mês seguinte, para um check-up, o médico comentou:

- Bem, sua família deve estar extremamente feliz por saber que o senhor agora pode ouvir.


O avô respondeu:

- Não, eu nada contei a respeito do meu aparelho. Eu simplesmente fico ali sentado ouvindo as conversas. Já mudei o meu testamento duas vezes.


A lição é óbvia: Se as pessoas acham que Deus não sabe de nada, isso pode afetar grandemente o que dizem e fazem. Por isso seria melhor compreendermos que Deus sabe tudo, porque isso vai afetar tudo o que dizemos e fazemos. 


Assim, neste capitulo, examinaremos algumas verdades importantes a respeito da onisciência de Deus.


De acordo com Atos 15:18 Deus sabe de todas as coisas desde o princípio. Nem é preciso dizer seria impossível fazer uma festa surpresa para Deus, pois 1João 3:20 também afirma que Ele sabe todas as coisas.


O amplo conhecimento de Deus inclui um elemento moral. Provérbios 15:3 diz que *os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons". Nada pode escapar ao seu conhecimento absoluto - nem o maior nem o menor detalhe. Já vimos isso em Mateus 10:30, com referência aos cabelos de nossa cabeça. Apenas um versículo antes Jesus também havia dito a respeito dos passarinhos: "Nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai" (Mt 10:29). 


O famoso pregador batista, Dr. Robert G. Lee, disse uma vez: "Deus é o Santo que assiste ao funeral de um passarinho". E de acordo com o salmo 50:11, Deus conhece cada animal na terra e cada ave no céu. Isso é conhecimento absoluto!


A onisciência de Deus não fica limitada às coisas da terra. O salmista diz que cada estrela, entre os bilhões de estrelas que habitam todas as galáxias, foi contada e nomeada por Ele (SI 147:4).


Além disso a onisciência de Deus nos alerta que ele vê o que foi realizado em secreto ou às claras. Deus é a máquina de Raios X eterna. Davi disse no salmo 139:12 que para Deus o dia e a noite são iguais. Também Moisés nos lembra de que nossos pecados secretos são revelados na sua presença (SI 90:8). 


Esta é uma informação importante? Sim, porque significa que a nossa vida inteira é totalmente conhecida por Deus! Significa também que você nunca faz algo sozinho. Você pode não ter mais alguém, mas não está só. Quer isso seja bom ou mau, o olhar onisciente de Deus verá. 


Isso explica por que o homem impenitente e os cristãos carnais prefeririam não haver um Deus onisciente. De acordo com o salmo 73:8-11, os homens não querem esse tipo de Deus: por isso o dispensam dizendo a si mesmos: “Deus não sabe o que estamos fazendo.” 


Mas a verdade é que Deus sabe. Ele sabe o que é feito publicamente e que é feito em segredo. Isso pode parecer bastante assustador. 


Antes de Jeremias nascer, assim está nas Escrituras, Deus sabia que ele seria um profeta (Ir 1.5). Em Gálatas 1:15-16, Paulo diz que ele foi escolhido para ser apóstolo dos gentios antes que nascesse. Deus sabe nossa história antes que ela aconteça!


Porém, Deus, além de saber o que acontece, também sabe o que poderia ter acontecido. Uma coisa é saber dos acontecimentos passados com eventos do momento; mas outra totalmente diferente é saber dos acontecimentos do futuro também. 


Em Mateus 11, Jesus anuncia um julgamento que revela seu conhecimento absoluto, como Deus:


“Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaidal Se em Tiro e em Sidom se tivessem feito os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com pano de saco e cinza. Por isso eu vos digo que no dia do juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidom, do que para vós. E tu, Cafarnaum, erguer-te-ás até os céus? Serás abatida até o inferno. Se em Sodoma tivessem sido feitos os milagres que em ti se operaram. ela teria permanecido até hoje. Porem eu vos digo que no dia do juízo haverá menos rigor para os de Sodoma, do que para ti” (vv 21-24).


Perceba: Jesus diz que se algo diferente tivesse acontecido nas cidades de Tiro, Sidom e Sodoma, essas cidades teriam reagido de um outro modo. Não foi o que aconteceu, mas Jesus disse que “se” tivesse acontecido, esse teria sido o resultado certo. 


Isso mostra como a onisciência de Deus é absoluta. Ele conhece tudo o que existe em potencial, tanto os acontecimentos reais e também suas consequências históricas.


Nunca saberemos da real possibilidade das coisas; mas Deus sabe. Ele também conhece todas possibilidades históricas. E se você tivesse nascido em outra época, em outro lugar, em outra etnia? E se tivesse se casado com outra pessoa? Deus sabe o que teria acontecido e por isso você pode se conformar com a sua situação e dar graças à ele!


Por quê? Porque Deus poderia ter feito a sua vida totalmente diferente. Mas se Ele permitiu que você fosse o que é, pode ter certeza de que Ele não mudou sua situação porque Ele não quis mudá-la. E se não quiz mudá-la, ele o fez com base em sua sabedoria, que avaliou todas as possibilidades.


Não me entenda mal. Eu sei que a vida com frequência nos provoca sofrimento e tristeza: um casamento desfeito, a perda de um filho, uma pessoa querida acometida por uma doença mortal. 


Quando digo que Deus não mudou sua sitação porque Ele não quis, não quero dizer que Ele está repousando no Céu, permitido que você sofra sem necessidade. Deus permite provações por motivos que nem sempre entendemos, mas Ele é capaz de tirar o bem até mesmo das piores situações. Foi o que José aprendeu (Gn 50:20): 


“Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos.”


Portanto, você está bem, exatamente como e onde está. A onisciência de Deus pode dar segurança porque Ele conhece todas as possibilidades e permite que aconteça aquilo que melhor se adeque ao seu plano final para sua criação. O conhe cimento de Deus é absoluto.


O conhecimento de Deus se relaciona com seus propósitos eternos. Por exemplo, a carta aos Efésios mostra que o conhecimento de Deus tem relação direta com a nossa salvação. 


Deus quer que saibamos que a nossa salvação não aconteceu por sorte ou acaso. Mas, em vez disso:


“... nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele. Em amor nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade, para louvor e glória da sua graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado (Ef 1:4-6).


A Bíblia diz a respeito da crucificação de Jesus que, embora homens impenitentes o tivessem matado, Ele foi crucificado por "determinado conselho e presciência de Deus" (At 2:23). 


Deus era responsável pela morte de Jesus, pois foi Ele mesmo quem o entregou para ser morto, mesmo que os instrumentos utilizados pelo mal tenham sido homens ímpios. O propósito de Deus desde a eternidade era que o seu Filho pagasse na cruz pelos pecados do mundo.


Portanto, o conhecimento de Deus está intrinsecamente ligado aos seus propósitos. Isso levanta questões acerca da sabedoria de Deus. 


Basicamente, a sabedoria de Deus é o inter-relacionamento de seus atributos para a realização de sua vontade e de seus propósitos. E isso, naturalmente, levanta a questão bastante complexa da interação entre a eleição, predestinação e presciência de Deus, particularmente quando dizem respeito à nossa salvação.


Existem dois extremos a meu ver. O ponto de vista calvinista radical que diz que Deus já determinou tudo o que vai acontecer, significando que não temos uma verdadeira participação em nada. Somos mais como robôs que carregam a vontade predeterminada de Deus do que agentes de escolha moral que tomam decisões legítimas e significativas. 


Mas isso parece negar pelo menos 25 ordens, bastante explícitas, das Escrituras, de fazer isso e evitar aquilo. Essas ordens também implicam em consequências reais.


O outro extremo é o ponto de vista arminiano, que imagina Deus sentado no Céu roendo as unhas, por assim dizer, fundamentando seus atos e planos no que Ele sabe que vamos fazer. com base no que fazemos, Ele desenvolve e cria a sua agenda. Ele não sabe o que faremos. 


Exagerei um pouco, mas o ponto de vista arminiano diminui a Onisciência de Deus. O arminianismo disingue a Onisciência de Deus da sua Soberania e Onipotência.


A tensão a respeito disso continua, sem dúvidas. Como lidar com a realidade de que Deus determinou os acontecimentos da história e ao mesmo tempo nos fez agentes morais livres para tomar verdadeiras decisões?


Alguém poder argumentar: já que vou fazer compras amanha, tenho alguma escolha a não ser fazer amanhã? Como posso decidir fazer as compras depois de amanhã  se Deus já sabe que vai ser amanhã?


Sim, você pode decidir fazer as compras depois de amanhã. Mas isso significa que Deus sabe que você não vai fazer compras amanhã. Ele sabe que você vai fazer compras no dia seguinte. Portanto você decide, mas não afeta a presciência de Deus com sua escolha. 


Já vimos que Deus sabe de tudo apenas em virtude do que Ele é. Se Ele não soubesse um simples fato, não seria o Deus do conhecimento absoluto que cremos que Ele seja e que a Bíblia assim ensina.


O problema é que muitos cristãos pensam que, como a Bíblia ensina ambas as coisas, a presciência absoluta de Deus e a nossa capacidade de escolher, deve haver algum tipo de contradição. 


Examinemos melhor isso.


A Bíblia ensina claramente os dois fatos importantes. Primeiro, (Deus) deseja que todos os homens se salvem" (1 Tm 2:4; Tt 2:11). Este é o anseio do seu coração. Ele não deseja "que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se" (2 Pe 3:9).


Segundo, Deus fez alguma coisa para realizar o seu desejo. Ele providenciou para que todos sejam salvos. Jesus provou a morte em lugar de cada pessoa (Hib 25). E “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito”pelo mundo (Jo 3.16). Jesus não foi apenas a “propiciação” pelos santos, mas pelo “mundo inteiro” (1 Jo 2:2). 


Portanto, não é culpa de Deus se algumas pessoas não forem salvas.


O conflito, portanto, é óbvio. Como pode Deus eleger apenas algumas pessoas para serem salvas enquanto genuinamente deseja que todos sejam salvos? Como Ele pode considerar os perdidos responsáveis por não serem salvos quando, antes de mais nada, Ele os elegeu? Como pode ser justo que Deus providencie a salvação para todos, mas eleja apenas alguns e ainda assim julgue os que não foram eleitos? Como pode tudo isso ser verdade ao mesmo tempo?


Ninguém tem a resposta definitiva que esclareça a questão de uma vez por todas. Tudo o que eu sei é que “a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2:11). 


O que fica claro é que, acerca da salvação ou perdição eterna, o conhecimento de Deus e seus desígnios eternos coincidem com a escolha humana, de forma que temos escolhas reais a fazer e, ainda assim, essas escolhas cumprem o propósito divino de fazer valer a sua vontade. 


Eis um exemplo que talvez possa nos ajudar a entender isso melhor:


Vamos dizer que três mil pessoas apareçam em nossa igreja no próximo sábado pela manhã. antes do culto, mando alguém comprar três mil latas de refrigerante porque creio que as pessoas precisem se refrescar e quero que todos partilhem da experiência de degustar um refrigerante geladinho após um longo culto pela manhã. Portanto, por causa da bondade do meu coração, compro o refrigerante para toda a congregação.


Não é preciso fazer isso, você sabe. Ninguém "merece" uma bebida apenas porque vem à igreja. Eu poderia mandar as pessoas embora com sede, mas as amo e quero demonstrar o meu amor. Na verdade, custa-me alguma coisa satisfazer a sede de três mil pessoas. 


No final do culto, trago as três mil latas geladinhas e refrescantes e digo: “- todo aquele que quiser venha.”


As latinhas já foram pagas. Tenho uma para cada um. Todo aquele que precisar e quiser beber poderá pegar uma de graça. Ninguém que vier será mandado embora, Quero tanto que as pessoas tomem uma bebida na qual gastei meu último centavo para comprá-las. 


O único problema é que, quando o culto termina, ninguém vem buscar a sua.


As pessoas dizem: "Estou fazendo regime”, ou: prefiro suco".  Alguns até dizem: "Acho que não quero tomar refrigerante agora, não estou com sede.”


Asolutamente ninguém aceita a minha oferta. Todos saem, mesmo sabendo  que gastei tudo o que tinha para providenciar a bebida gelada. Mas não quero deixar que esses refrigerantes selam desperdiçados, foram caros demais. 


Então, corro para a entrada e chamo as pessoas, dizendo: “voltem por favor, quero conversar com vocês.” As três mil pessoas voltam; então eu as coloco sentadas nos bancos da igreja e começo a convencê-las sobre a bebida. Explico que isso as refrescará e energiza e que vão gostar dela quando a provarem. Rogo para que não desprezem minha oferta pois me custou caro.


Porém nem todas aceitam. Apenas duzentas pessoas resolvem então tomar a bebida mas apenas porque eu resolvi chamá-las de volta. As demais vão embora.


Lembre-se, eu não era obrigado a comprar algo para a congregação. Comprei as latinhas em um gesto de pura cortesia. Por isso, se deixasse todos ir embora, sem insistir, ninguém poderia me acusar de estar errado.


Não fui injusto com as outras duas mil e oitocentas pessoas que foram embora sem beber, porque lhes ofereci uma verdadeira oportunidade de satisfazer sua sede. 


E sabe de uma coisa? Minhas latinhas continuam no gelo, de modo que, se sentirem sede, elas poderão voltar e receber uma. E as duzentas não podem dizer que mereceram suas latinhas por seus próprios méritos. Receberam uma latinha apenas porque eu as chamei de volta. Apenas podem agradecer a minha bondade.


Sei que nenhuma explicação sobre a eleição e o livre-arbítrio será exata. Mas temos de aceitar o ensinamento claro da Bíblia de que todas as pessoas que morrem apartados de Deus serão considerados responsáveis, porque Jesus Cristo pagou por seus pecados no Calvário. 


E aqueles de nós que estão a caminho do Céu não podem nunca se vangloriar, uma vez que chegaremos lá apenas porque Ele veio ao nosso encontro, e por assim dizer, e nos chamou de volta para Ele.


Assim, Deus tem provisão para todos mas deixando-nos a escolha, garantindo o seu plano. Se a sabedoria de nosso Deus Onipotente o faz sacudir a cabeça em admiração e espanto, tudo bem. Se eu e você tentarmos entender Deus, teremos problemas!


Mas a relação dos propósitos de Deus com a nossa liberdade não aparece apenas na salvação, mas também em nosso modo de viver cristão. 


Encontramos um grande exemplo em Lucas 22, durante a última ceia. No meio da refeição, Jesus se volta para Pedro e diz: "Simão, Simão, Satanás vos pediu para vos peneirar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos" (v v . 31-323. 


Pedro responde imediatamente: "Senhor, estou pronto a ir contigo para a prisão e para a morte" (v. 33).  Mas, logo no próximo versículo, jesus prediz o fracasso de Pedro. Ele diz: "Você vai se esquecer disso. Você vai me negar diante dessas pessoas. Satanás vai se utilizar de sua autoconfiança para empurrá-lo para a derrota espiritual. Eu sei disso com antecedência, por isso estou orando por você".


Você sabe o que Jesus está fazendo no Céu neste momento? Está intercedendo por mim e por você (Hb 7:25). Ele está intercedendo por nós porque em sua onisciência Ele sabe que às vezes somos derrotados espiritualmente e quer nos livrar do fracasso total. 


Por isso, mesmo quando atrapalhamos tudo, podemos nos refazer porque Jesus está intercedendo por nós. Mesmo sabendo com antecedência que nem sempre vamos fazer o que é certo, Ele quer evitar que cometamos todos os erros de que seríamos capazes, se Ele não estivesse intercedendo por nós.


Graças a Deus, a história de Pedro não termina em Lucas 22 mas continua em João 21, quando Jesus gentilmente reanima Pedro perguntando:

 “- Pedro, você me ama?” 

E Pedro diz: 

“- Fiz tudo errado. Eu o neguei, mas gosto de você.” 

E  Jesus diz: 

“- Pedro, você me ama?” 

Pedro responde: 

“- Senhor, tudo o que eu posso dizer é que gosto de você. Eu falhei.” 

Então Jesus diz de novo: 

“- Pedro, se você gosta de mim, isso basta”.

 Mas então Pedro exclama: 

“- Senhor, você sabe de todas as coisas. Sabe que mesmo que eu tenha atrapalhado tudo com minha boca, amo-o do fundo do meu coração. E, Senhor, se pode me perdoar mesmo sabendo com antecedência que eu falharia, é só do que eu preciso para voltar para casa.”


E de fato, Jesus perdoou a Pedro!


É o que a sabedoria de Deus tem de fazer por nós: trazer-nos de volta para sua casa. Sabe por que? Porque como no caso de Pedro, mesmo sabendo de antemão que erraríamos na semana passada, ainda assim nos disse: "Eu te amo! Eu estou rogando por você."


É o que Paulo escreve: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nos, sendo nós ainda pecadores" (Rm 58). Ele sabe de nossas falhas, mas esteve disposto a perdoa-las em todo o tempo.


Deus nos ama apesar do nosso fracasso. Se voltarmos, Ele nos recebe porque o seu amor é eterno, A unica coisa que Deus resolveu esquecer foi nossos pecados. 


“Pois lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados" (Jr 31:34).


O que você vai fazer com esse tipo de Deus Onipotente? Você pode fugir do seu conhecimento como uma pessoa impenitente e agir como se esse conhecimento não existisse. Ou pode correr para Ele. 


Quando Davi viu o conhecimento que Deus tinha dele, disse: "Tal conhecimento e maravilhoso demais para mim, elevado demais para que possa atingir” (Sl 139:6). Ele prosseguiu dizendo que não há lugar onde um homem possa se esconder de Deus. Mas isso não o amedrontou, porque ele viu que os pensamentos de Deus para com ele eram "preciosos" (v. 17).


Na ocasião em que, pela primeira vez, o pastor Tony Evans levou sua futura esposa para casa, para conhecer seus pais, foram ao Parque de Diversões de Gaven Oaks, em Maryland. O parque tinha um brinquedo chamado "Rato Maluco.


O Rato Maluco era uma pequena montanha russa que fazia as curvas de uma maneira que dava a impressão de que iriam cair para fora a cada volta. Ele sabia que ela ficaria com medo, assustada e que gritaria. Ele sabia que ela ficaria imaginando por que ele a tinha levado àquele brinquedo.


Mas o seu conhecimento tinha um propósito. Ele sabia que quando o Rato Maluco disparasse, ela se agarraria a ele. Ele sabia que quando mergulhassem, ela o abraçaria. Seu conhecimento me motivou a fazê-la passar por isso para que, nos momentos difíceis, ela corresse para os seus braços. 


Entenda bem isso: Deus permite que sua vida seja às vezes como uma montanha russa, com altos e baixos porque quer que você o abrace nas situações adversas, a cada provação. Se agora mesmo sua vida estiver como numa curva da montanha russa, agarre-se a Ele. Ele não apenas sabe, como também é um Deus de amor absoluto. Ele saberá como cuidar de você.


Reaja agora diante do que você acabou de ler. Agradeça a Deus por te amar mesmo sabendo quem você é. Se há algum pecado em sua vida, ele não apenas sabe como tem a graça para perdoar. Está em suas mãos escolher colaborar com a boa vontade de Deus por você.


E não se esqueça jamais de buscar a Deus em primeiro lugar, a cada dia:


“Os que põem toda a armadura de Deus e devotam algum tempo cada dia à meditação, oração e estudo das Escrituras estarão em ligação com o Céu e terão uma influência salvadora, transformadora sobre os que os cercam. Pensamentos elevados, nobres aspirações, claras percepções da verdade e dever para com Deus, serão seus. Ansiarão por pureza, luz, amor, por todas as graças do novo nascimento.” – Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, págs. 112 e 113.


Para terminar reflita sobre a agenda de Deus para você hoje. O que Deus espera que você faça após essa leitura?


 pr Sampaio 


Fonte: o tema foi ligeiramente reescrito e adaptado do livro “Deus é Tremendo”, de Tony Evans. Editora Vida, 2000, pág. 123-139.





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