Header Ads

DIA 31: JORNADA ESPIRITUAL DE 40 DIAS - COMO CONHECER A DEUS? - 1


Parte 1


O Cristianismo, a religião, a vida eterna consistem em  conhecer a Deus. A Bíblia diz: ”E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).


Há, no entanto, ideias conflitantes a respeito de como Deus é. Segundo alguns, Ele é vingativo, cheio de ira, arbitrário. Outros retratam-nO como uma espécie de Papai Noel, cujo propósito principal é satisfazer todos os desejos de Seu povo. E ainda outros O consideram como uma gigantesca gelatina, incapaz de ferir alguém, mas sempre amoldável e permissivo.


Falam-nos do amor de Deus. Mas também nos falam de Sua ira, Seu furor, Seus castigos. As Companhias de Seguro classificam os desastres da Natureza como “os atos de Deus”. Pessoas sofredoras repetidamente indagam: “Por que Deus faz isto comigo?” Por um lado, os pregadores falam do amor, misericórdia e paciência de Deus; e por outro lado, apresentam Seus terríveis juízos. E os ouvintes se surpreendem.


O alvo de Deus para cada um de nós é que nos relacionemos pessoalmente com Ele. Almeja tornar-Se nosso Amigo. E hoje nos diz: “
Com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).


Ele está à espera de nossa resposta ao Seu amor, de nosso companheirismo com Ele. Para fazer isto, porém, devemos saber por nós mesmos como Ele realmente é.


Se Deus deseja ser conhecido, a pergunta mais importante de hoje é: Como Deus é Revelado?


1. Deus pode ser conhecido através da  Natureza 


Uma das maneiras de relacionar-nos com Deus é procurá-Lo revelado na Natureza. A esse respeito Davi assim diz em Salmos 19:1: ”Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos”. 


Embora Deus não deva ser visto como sendo parte da Natureza, ainda assim podemos ver a Deus na Natureza. Ele é retratado no refulgente pôr do sol no céu de verão, no voo sem esforço da andorinha. Podemos pensar nEle ao contemplarmos as montanhas coroadas de neve, as verdes colinas cobertas de flores, ou o inesperado desabrochar de botões no deserto. Através da Natureza podemos aprender algo sobre o amor de Deus.


É muito importante a revelação que a Natureza nos dá de Deus. Ele chegou ao ponto de separar um dia em sete, a fim de lembrar-nos do Seu poder criador. Você pode ler isto em Êxodo 20. Esse mandamento nos foi dado para nos fazer lembrar do sétimo dia, e a razão é apresentada no verso 11: ”Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia de sábado, e o santificou“.


As obras da Natureza fazem-nos lembrar não somente o amor e o cuidado de Deus por todas as Suas criaturas, mas também o fato de que Ele é o Criador. Somos simplesmente Suas criaturas. O sétimo dia foi dado como memorial da Criação. E esse memorial não teve início depois da queda do homem. 


Era necessário conscientizar-nos a respeito da natureza humana – não somente sua natureza pecaminosa, mas também de sua natureza dependente, como criatura. É por isso que um dia especial de adoração não é limitado particularmente a um tempo ou nação. O relacionamento de Deus com Suas criaturas, e Seu constante cuidado por ela nos dão lições de Seu amor.


Contudo, a Natureza possui um lado negativo. As flores fenecem. O cervo malhado é apanhado e morto pelo lobo. A neve do inverno faz com que muitas das criaturas selvagens pereçam de fome. Onde está, pois, o amor de Deus? Até nos cenários mais lindos e tranquilos, contemplando-os de novo, podemos ver sinais de morte e decadência.


Embora evidências remanescentes nos façam pensar num Deus Criador, há também em toda parte sinais evidentes dos efeitos do pecado. Isso faz dessa revelação algo incompleto, no entanto.


2. 
Deus pode ser conhecido através do amor humano


Deus é revelado através dos laços do amor humano. Podemos vê-Lo retratado na mãe que embala nos braços o seu filhinho. Podemos ver o Seu cuidado no pai carregando o seu filho nos ombros. Podemos contemplá-Lo no professor ou pastor que toma tempo extra para ouvir alguém. 


O incansável anelo de Deus por nós manifesta-se nos soluços de uma mãe presenciando a execução de um criminoso empedernido – seu filho. O amor divino se revela na confraternização e interesse mútuo de amigos e queridos. A Bíblia alude a essa revelação do amor de Deus: 


“Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece dos que o temem” (Salmos 103:13). 


“Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do fruto de seu ventre?” (Isaías 49:15). 


“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (João 15:13).


Mas que dizer daquele homem em Madeira, na Califórnia, que durante meia hora espancou sua filhinha de seis anos porque ela não chorava? Afinal, ela disse: “Papai, posso beber um pouco de água?” E morreu. 


Nesse caso, onde estava o amor de Deus? O que dizer dos bebês espancados, crianças abandonadas, lares desfeitos, amizades destruídas, corações estraçalhados? Como pode ser o amor de Deus assim revelado? 


As próprias Escrituras nos lembram dos limites do amor humano comparado com o amor divino. Isaías 49:15 prossegue, respondendo à pergunta: “Pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama?” Sim, o texto avança dizendo que ela pode esquecer. O amor humano representa o amor divino mas como a natureza, o faz de modo muito imperfeito.


3. 
Deus pode ser conhecido através Da Bíblia sagrada


Deus é revelado em Sua Palavra, a Bíblia. É-nos dito que Deus é tardio em irar-Se e grande em benignidade (Jonas 4:2); tem prazer na misericórdia (Miqueias 7:18); Ele é amor (1João 4:8).  Essas são algumas dentre as muitas descrições de Seu caráter.


Mas você já leu a Bíblia e ficou confuso? Já ficou a pensar no Deus do Antigo Testamento? Já refletiu a respeito dos juízos, trovões e ameaças do Deus dos israelitas?


Bom, seja bem vindo ao clube!


Com nossa mente limitada, é possível que na própria Bíblia encontremos uma incompleta representação de Deus, de Seu caráter, de como Ele realmente é. Quão facilmente podemos formar uma ideia errônea de como é Deus, se olharmos apenas para a superfície! É preciso que se saiba as motivações dos atos e uma capacidade de interpretação, para não se confundir. 


4. 
Deus pode ser conhecido através de Jesus 


Até os discípulos de Jesus não compreendiam bem acerca da natureza de Deus. Eles queriam conhecê-Lo. Sobre isto você pode ler em 
João 14:8. Filipe perguntou: “Por que não nos mostras o Pai? Gostaríamos de conhecê-Lo!“


Certa vez um de meus alunos disse:

– Gosto de Jesus, mas não gosto de Deus.
– Por que não?
– Porque Jesus é bom, mas Deus é severo, cheio de ira.


É este um quadro real? Somente Jesus é amorável, ao passo que Deus é rude, rígido e implacável?


Como Jesus respondeu ao pedido de Filipe? Ele disse: “Há tanto tempo estou convosco, e não Me tens conhecido? Quem Me vê a Mim, Vê o Pai; se tivesses visto a Mim, terias visto o Pai. Eu estou no Pai, e Ele está em Mim. As palavras, as obras que faço são do Meu Pai porque Ele habita em Mim“ (João 14:9-10).


A missão de Jesus foi a de vir a um mundo que estava em completa discordância com Deus, a fim de demonstrar como é realmente o Pai, como Ele sempre foi e sempre será. 


O melhor meio de conhecer a Deus, portanto, é conhecer a Jesus. A vida e a morte de Cristo apresentam o mais nítido retrato da natureza de Deus. Ele disse: “Se vós Me tivésseis conhecido, conheceríeis também a Meu Pai” (Ver João14:7).

Jesus deixou claro quando aqui esteve que Ele veio “buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10). E em 
João 3:16-17, lemos: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele“.


Seja como for, no coração de Deus Sua misericórdia é igual a Sua justiça, por isso vemos a cruz numa colina solitária. No entanto, a misericórdia divina não anula de forma alguma a Sua justiça, pois mediante a cruz vemos a interligação desses dois atributos no lindo plano da salvação. 


Daí, ano após ano, século após século, continuamos ouvindo: “Deixem em paz os pecadores impenitentes. Deixem-nos ainda este ano. Deixem-nos para que Eu inste um pouco mais com eles, e faça o que puder para salvá-los”. E assim Deus continua procurando repetidamente alcançar-nos com o Seu amor.


João, o discípulo amado, tentando descrever o amor de Deus, viu-se afinal destituído de palavras. Tudo que pôde fazer foi convidar-nos a contemplá-Lo por nós mesmos. “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai“.


Como contemplar o amor de Deus? Olhando para Jesus! Contemplamos o amor de Deus, relacionando-nos com Jesus, estudando a vida de Jesus, meditando sobre os ensinos de Jesus. Pois Jesus é Deus. 


Em João 1:1-2 é-nos dito: “Antes que qualquer outra coisa existisse, lá estava Cristo, com Deus. Ele sempre existiu, e Ele próprio é Deus” (TLB).

Hoje sou grato por esse Deus que nos amou tanto que enviou o maior dom de Si mesmo em Seu Filho, a fim de revelar Seu próprio caráter. Sou grato por Jesus que Se prontificou a vir e dar-Se a Si mesmo em resgate por muitos. Constitui boas novas o fato de que o coração de Deus o Pai palpita com o mesmo amor que Jesus, Seu Filho, revelou aqui na Terra. Podemos regozijar-nos hoje pela revelação de Deus através da Natureza, do amor humano e da Palavra de Deus. 


E também podemos servir-nos da tremenda oportunidade de conhecer Deus mediante o estudo da vida e ensinos de Jesus, nos quais o amor divino é sempre mais claramente compreendido.


Para terminar, não se esqueça:

“Os que põem toda a armadura de Deus e devotam algum tempo cada dia à meditação, oração e estudo das Escrituras estarão em ligação com o Céu e terão uma influência salvadora, transformadora sobre os que os cercam. Pensamentos elevados, nobres aspirações, claras percepções da verdade e dever para com Deus, serão seus. Ansiarão por pureza, luz, amor, por todas as graças do novo nascimento.” – Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, págs. 112 e 113.


- Fonte: O estudo de hoje é uma adaptação livre do capítulo 1 do livro “Como Conhecer a Deus”, de Morris Venden, teólogo e professor nos EUA.


http://pastorclaudiosampaio.blogspot.com

Nenhum comentário

Sua opinião é importante para mim. O que você pode acrescentar? Entretanto, observe:

1. Os comentários devem ser de acordo com o assunto do post.
2. Avalie, pergunte, elogie ou critique. Mas respeite a ética cristã: sem ataques pessoais, ofensas e palavrões.
3. Comentários anônimos não serão publicados. Crie algum nome de improviso para assinar o escrito, caso não queira se identificar.
4. Links de promoção de empresas e sites serão deletados.
5. Talvez seu comentário não seja respondido imediatamente
6. Obrigado pela participação.