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DIA 33: JORNADA ESPIRITUAL DE 40 DIAS - COMO CONHECER A DEUS? - 3



Parte 3

A meditação de hoje prossegue a temática da anterior: afinal, por que preciso conhecer a Deus? Há pelo menos duas respostas a essa pergunta. Comecemos pela primeira.


I - Em primeiro lugar devemos buscar um relacionamento com Ele  por causa de nós mesmos de nossa carência espiritual.


Na leitura anterior mencionamos a compreensão bíblica de “pecado original. Vamos aprofundar melhor esse conceito. Ao falarmos de pecado original, não queremos dizer que o pecado passa de uma pessoa para outra através dos genes e cromossomos. Não há evidência suficiente para crermos nisso. Não, os seres humanos nascem separados de Deus, e, como resultado prático, o homem nasce egocêntrico, e nisto está a raiz de todos os pecados subsequentes (Romanos 8:7). Nascemos desesperadamente egocêntricos. Embora para muitos seja difícil imaginar um bebê recém-nascido já pecador, poucos devem ter dificuldade em compreender que o recém-nascido é egocêntrico!


Deparamos assim com uma definição dupla para pecado – pecado, no singular; e pecados, no plural. Pecado, singular, significa uma vida separada de Deus. E pecados, plural, são os erros que cometemos em resultado de vivermos separados de Deus.


Pecado, no singular, consiste em vivermos distantes de Deus, não importa quão bons possamos ser. Há muita gente boa, de excelente moral, que vive longe de Deus. Vive, porém, em pecado. Praticando ou não coisas erradas, vive em pecado. Sua vida é de pecado. Você pode aceitar isto? Em 
Romanos 14:23 lemos: “Tudo o que não provém de fé é pecado“. O que quer que seja que eu faça, se não vivo em 
um relacionamento de fé com Jesus, está maculado pelo pecado – mesmo que seja cortar a grama para uma viúva.


 Porque? Ora, se sou egocêntrico em resultado de viver separado de Deus, então eu posso cortar a grama simplesmente por motivos egoísticos. É possível fazer todas as coisas certas por razões erradas. 


Que motivos egoísticos podem levar-me a cortar a grama para uma viúva? Bem, talvez eu logo vá sair de férias e espere que ela cuide de meu cachorro enquanto eu estiver ausente. Talvez eu espere que meus vizinhos me deem melhor conceito por cortar a grama para a viúva, ou talvez tenha cometido um horrível pecado e queira penitenciar-me por isso. Pode ser que a viúva esteja às portas da morte, e eu tenha esperança de que se lembre de mim no seu testamento. 


Pode haver toda espécie de motivos para eu cortar a grama da viúva, alguns dos quais eu seja incapaz de identificar. Mas o fato é que se alguém que vive afastado de Deus pratica boas ações, ele o faz por motivos errados, egocêntricos.


Mas acima de tudo isso, há a condição humana de pecado, o que nos impede de produzir qualquer ato verdadeiramente justo. Não temos justiça, estamos completamente contaminados pelo pecado.


É a condição pecaminosa do homem que resulta  em atos pecaminosos, sejam estes considerados certos ou errados. O homem peca porque é pecador. Ele não é pecador porque peca. 


Considere novamente que a principal questão do pecado é a separação de Deus. Você não tem de pecar para ser pecador; basta você nascer!


Se tivéssemos de colocar tudo isso numa equação, poderíamos dizer que:


Humanidade = Pecado | Justiça = Jesus.


Jesus foi o único ser sem pecado que nasceu neste mundo, pois não nasceu separado de Deus. E o único que nasceu justo. Dessa analogia fica claro que, tanto quanto se refere à humanidade, a equação é a seguinte: 


Humanidade + Jesus = Justiça. 


O ser humano sem Jesus é ainda pecador. O problema real quanto ao pecado e à justiça consiste em ter ou não Jesus em nossa vida. Apenas quando o pecador se rende a Cristo por meio da fé nEle, ele se torna justo.


Um dia, enquanto tratávamos desse assunto na sala de aula, um aluno lá de trás figuradamente alçou a sua calculadora de bolso e disse: “Espere um minuto! O senhor diz que Jesus = Justiça, por Si mesmo. Então o Senhor afirma que a Humanidade + Jesus = Justiça. Se é verdade, a Humanidade = Zero!”


E ele parecia tão preocupado como se eu tivesse feito uma injustiça à raça humana! Mas vamos esclarecer: o que queremos dizer quando afirmamos que a Humanidade = Zero?


No que se refere à justiça, o ser humano é igual a zero. Que diz a Bíblia? “Todas as nossas justiças são como trapo de imundícia” (Isaías 64:6). Mas no que concerne a valor, isto não significa que o homem não valha nada. Há tremenda diferença entre ser impotente para produzir justiça, e ser desvalorizado. Nosso valor foi provado ao vir Jesus a este pequenino mundo, simples nódoa no Universo, a fim de redimir do pecado a humanidade. Isso nos mostra o imenso valor da alma humana.


Certa vez ouvi dizer que se tivéssemos uma balança gigantesca, e em um dos pratos colocássemos o mundo inteiro, que pesa seis sextilhões de toneladas; e no outro prato puséssemos um bebê, o pêndulo da balança penderia para o lado do bebê. Tal é o valor de uma vida. Sendo assim, não devemos andar pela vida de cabeça baixa; podemos andar eretos pelo valor que Jesus Cristo nos dá. Todavia ainda somos impotentes para produzir justiça. 


Percebeu você a diferença entre ser desvalido e ser desvalorizado?


Não somente somos incapazes de produzir justiça separados de Cristo, mas ainda temos um problema muito maior, resultante de nossa separação de Deus. Como comentado antes, não temos interesse nas coisas espirituais. Não temos prazer na comunhão com Deus, pois é realmente insípida para nós. Uma das maiores evidências de que alguém não nasceu de novo – ainda vive afastado de Deus – é sua falta de interesse nas coisas espirituais.


Um amigo meu certa vez pregou um sermão acerca do homem que entrou no Paraíso por engano. Um dos ouvintes, que chegara atrasado, não ouviu o sermão desde o início. Essa pessoa depois saiu dizendo que o pregador dissera ser possível alguém acabar entrando no Céu por engano. Bem, não foi isto que o pregador quis dizer. Ele apenas procurou mostrar o que seria para o pecador, que não nascera de novo, que não tivera gozo na santidade, nenhuma alegria na comunhão com Deus, nenhum prazer em servir desinteressadamente a outros, sim, o que seria para esse pecador achar-se no Paraíso. Quão infeliz se sentiria!


Você já considerou uma evidência do amor de Deus o fato de que Ele não permitirá que vão para o Céu aqueles que recusarem um relacionamento de salvação com Ele? O Céu seria um lugar de tortura para eles. É somente após o novo nascimento que uma pessoa encontra gozo nas coisas espirituais.


Se o problema real do pecado consiste numa vida separada de Deus, então que aspecto deveríamos focalizar antes de tudo? Devemos dedicar nosso esforço e atenção às coisas boas ou más que praticamos, ou devemos considerar em primeiro lugar o nosso relacionamento com nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo?


Se todos neste mundo, exceto Jesus, nascem pecadores (Romanos 3:23), então todos necessitam de um Salvador para serem salvos (Atos 4:12). O evangelho é a boa nova de Jesus (Romanos 1:16). Jesus, nosso Salvador, proveu-nos salvação na cruz, pela qual o preço do pecado é pago e o poder do pecado é anulado. Ao aceitar o pecador tão grande salvação, ele passa pelo novo nascimento, e então se realiza 
o mais importante negócio do mundo.


Suponhamos que eu quisesse negociar minha caneta esferográfica, trocando-a por um carro último tipo. Se alguém que tivesse tal carro quisesse negociar comigo, de duas uma: ele seria um tolo ou deveras me amaria muito. Seria “aquele negócio”, não é?


Em 2
Coríntios 5:21, a Bíblia relata o mais importante negócio já realizado. “Àquele [Deus] que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus“. Poderíamos mudar um pouquinho as palavras: “Porque Deus quis que Jesus, que não conheceu pecado, Se tornasse pecado para que nós, que não conhecemos a justiça, pudéssemos ser feitos nEle justiça de Deus.”


Você gostaria que Jesus, de braços abertos e olhos plenos de amor, lhe propusesse hoje negociar toda a justiça dEle em troca de todos os seus pecados? Você estaria interessado? Na verdade, é justamente isto que Ele quer fazer. 


E ainda, nessa transação espetacular, poderá parecer a princípio que alguém ficará com prejuízo. Seria como trocar um carro de luxo por uma esferográfica, exceto que não existe esferográfica! Tudo que temos de trocar por Sua justiça são nossos “trapos de imundícia” (como Isaías chama toda a nossa justiça Isaías 64:6). 


Você chegará a uma única conclusão – ou Aquele que propõe esse negócio é muito tolo, ou Ele realmente deve nos amar muito!


Em 
Efésios 2:8-9, encontramos estas significativas palavras: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus, não de obras, para que ninguém se glorie“. E Paulo repete isso em Romanos3:20: ”Ninguém será justificado diante dEle por obras da lei“. 


Em outras palavras, a salvação baseia-se não naquilo que você faz, mas em Quem você conhece. E ninguém realmente vê a necessidade de conhecer a Deus – portanto, não vê a necessidade de dedicar tempo suficiente para esse propósito – até compreender que a salvação se baseia no relacionamento, e não na conduta.


Se você espera ser redimido, transformado e salvo, mas não sente a necessidade de conhecer a Deus, e não considera importante o tempo que dedica a Ele, então você ainda acredita que a salvação se baseia na sua conduta. Não importa o que uma pessoa diga acerca de sua crença, se está convencida de que salvação e cristianismo são fundamentados num relacionamento com Cristo, então esse relacionamento terá a máxima prioridade. Todo aquele que não busca a salvação através de um companheirismo com Deus, de um conhecimento pessoal, é legalista, e viverá procurando alcançar o Céu através de suas próprias obras. Tentará sempre se valer de alguma atitude boa para aplacar a consciência e obter  uma falsa segurança.


Conhecer a Deus – eis o Fundamento. Quando chegamos a compreender que somos pecaminosos por natureza e que esta é a causa básica do pecado, então podemos entender melhor a necessidade de conhecer a Deus. A justiça não existe por si mesma. Ela vem somente com Jesus. Ao aceitá-Lo como meu Salvador, meu Senhor e meu Amigo, e segui-lo em humildade passo a possuir toda a justiça, porque Sua justiça vem com Ele.


II - Há, porém, outra razão para nos motivar a conhecer a Deus. Conhecer a Deus é importante por causa de Deus mesmo.


Considere todo o sofrimento e tristeza que, através dos séculos, tem invadido o coração de Deus, porque os pecadores estão determinados a seguir seus próprios caminhos.


Quando você ama realmente alguém, o que você mais deseja é que esse alguém também ame você. Verdadeiramente, Deus é amor, e deve amar-nos muitíssimo a ponto de querer trocar toda a nossa pecaminosidade por toda a Sua justiça. Para nós, esta é uma proposta fantástica – mas e para Ele? Não ficará logrado nesse mais estupendo de todos os negócios? Em resposta, desejo recordar uma antiga história, que vem ao ponto. É a história do Velho Joe.


O Velho Joe era um escravo que vivia perto da foz do rio Mississipi. Um dia ele se achava num lote de escravos a serem vendidos no mercado, no mesmo lugar onde, mais tarde, Abraão Lincoln, contemplando as lágrimas e os corações despedaçados, disse: “Se algum dia eu tiver a oportunidade de acabar com isso, eu o farei!” 


Lá se encontrava Joe, doente e cansado de separações, e lágrimas e despedidas. Ele fizera firme propósito de que nunca mais trabalharia. Mas lá se achava, no bloco para ser leiloado. 


Os leiloeiros começaram a gritar seus lances, e Joe começou a murmurar e depois em voz cada vez mais alta: “Não farei nada. Não farei nada”.
Sua voz foi ouvida. Um a um, terminaram os lances. Um homem, porém, ainda ofereceu boa soma de dinheiro por aquele escravo determinado a não trabalhar mais.


O novo senhor tomou Joe em sua carruagem e rumou para a roça. Afinal desceram por um caminho à margem de um lago. Lá, à beira do lago, estava uma cabana enfeitada com cortinas e flores à entrada. Joe jamais vira algo semelhante.

– É aqui que vou morar? – Joe perguntou.
– Sim.
– Mas não vou trabalhar.
– Joe, você não terá de trabalhar. Comprei-o para você ser livre. 

Joe caiu aos pés de seu benfeitor, dizendo:

– Senhor, serei seu servo para sempre.


Agora veja um grupo de pecadores. Eles têm sido escravos do pecado, da dor e da morte. E dizem: “Não faremos nada – não podemos!” Você já tentou isso? Já tentou produzir obras de justiça? E impossível. Você não pode.


Mas Jesus diz: “Você nada tem de fazer; Eu o comprei para deixá-lo livre, e quero viver minha vida em você. Confie em mim e me entregue sua vida”


Compreendo que Jesus tem algumas mansões à beira de um lago semelhante a um mar de vidro. Há caminhos pavimentados de pedras, e cortinas, e flores que jamais murcharão. Ele nos oferece tudo isso porque nos ama. Assim é Ele. Ao entendermos esse intercâmbio e aceitá-Lo de todo o coração, serviremos a Deus com alegria e para sempre.


Até esse dia se tornar realidade, pratiquemos o seguinte conselho: 


Os que põem toda a armadura de Deus e devotam algum tempo cada dia à meditação, oração e estudo das Escrituras estarão em ligação com o Céu e terão uma influência salvadora, transformadora sobre os que os cercam. Pensamentos elevados, nobres aspirações, claras percepções da verdade e dever para com Deus, serão seus. Ansiarão por pureza, luz, amor, por todas as graças do novo nascimento.” – Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, págs. 112 e 113.


Após essa leitura inspirada qual seria a agenda de Deus para você hoje?



Fonte: o material de estudo de hoje e dos dois dias anteriores é uma adaptação livre do capítulo 1 do livro “Como Conhecer a Deus”, de Morris Venden, pastor e professor de Teologia nos EUA


Cite a fonte = http://pastorclaudiosampaio.blogspot.com

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