
"Os seus filhos, que não conhecem esta lei, terão que ouvi-la e aprender a temer o Senhor, o seu Deus..." (Deuteronômio 31:13).
O famoso escritor e estadista americano Benjamin Franklin uma vez foi ridicularizado em Paris pela sua defesa da Bíblia. Ele resolveu descobrir o quanto seus críticos sabiam das Escrituras. Algum tempo depois, Franklin informou a uma das sociedades literárias que ele tinha encontrado um antigo texto que falava da vida pastoral nos tempos antigos. Ele disse que queria a opinião da sociedade sobre o valor deste texto. Um encontro foi marcado e os literários e filósofos pediram a Franklin que ele lesse o texto para eles. Franklin leu o livro de Rute. Quando ele terminou, os filósofos e peritos rogaram a ele que ele publicasse o texto, pois era riquíssimo. Franklin respondeu: – “Este texto já foi publicado. Ele faz parte da mesma Bíblia que vocês tanto ridicularizam.”
Essa história fala da ignorância por trás do rigor crítico de muitos céticos das Escrituras. Mas é também um testemunho do valor da leitura pública da Bíblia para a ampliação do conhecimento de Deus. Quanto menos se conhece do Livro, maior a soma da incredulidade nas gerações.
1. Na leitura de Deuteronômio 31 aprenderemos muito acerca da importância da leitura e explicação das Escrituras. Moisés diz claramente: para que a fé permaneça viva através das gerações do povo que serve ao Eterno.
Perceba que em Deuteronômio 31:9-13 o Eterno orienta por meio de seu profeta que a cada sete anos as Sagradas Escrituras deveriam ser abertas e lidas para o povo em suas reuniões especiais, como na festa das cabanas (Sukot), celebrada no dia 15 do sétimo mês israelita.
Era nessas ocasiões que todas as famílias hebreias se reuniam para celebrar e recordar as ações salvificas de Deus pelo seu povo. A leitura e explicação da Torah era parte integrante dessas celebrações.
Naquele tempo, quando não era possível a posse individual de livros, a exposição oral era muito necessária, pois era por meio desse método que o conhecimento era adquirido e reproduzido no seio das famílias. Os pais aprendiam a história para depois recontá-la, em forma de tradição.
2. Nos dias de hoje, quando temos o privilégio do acesso aos livros sagrados, a importância da leitura e explicação das Escrituras permanece. Ela ainda é o elemento central na liturgia do culto semanal. Mas elas são também o elemento central das vigílias, congressos e encontros especiais da igreja. Os cultos diários devem ser marcados pela leitura da Bíblia para nossos filhos. Toda forma de culto deve ser centralizado no estudo das Escrituras.
Martinho Lutero declarou: "Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir."
Seguindo o mesmo pensamento, a autora adventista Ellen White afirmou que uma única frase das Escrituras é de muito mais valor que dez mil idéias e argumentos humanos. Ou seja, diante de todo e qualquer argumento ou recurso literário, confira sempre o que diz a Bíblia. Os Reformadores nos deixaram um legado: as Escrituras não são apenas suficientes, elas têm a primazia sobre todas as fontes de conhecimento.
A postura de Luthero é mais do que adequada para nossos dias marcados por tantas ideologias e propostas em torno das questões morais, sociais e psicológicas do ser humano. Os argumentos humanistas são abundantes especialmente na defesa daquilo que a Bíblia afirma ser errado.
Não é contraditório que em um tempo de tantos avanços na comunicação e na tecnologia os problemas e desajustamentos do mundo crescem de forma tão surpreendente? A razão é simples: a cada nova geração, o mundo tem se afastado mais e mais dos retos princípios da Palavra de Deus. Por mais que se melhore o mundo o ser humano vai se tornando pior e mais desorientado.
3. Essa responsabilidade é o principal dever de um líder eclesiástico ou de quem lidera sua casa. Não é a toa que o texto de Deuteronômio 31 se inicia e termina com um chamado especial de Deus a Josué para que ele substitua a Moisés na condução do povo (v. 7). O sentido é claro: a orientação para a leitura pública da lei a fim de manter viva a memória religiosa dos hebreus é o principal dever no chamado de Josué. E esse é o principal chamado de um líder.
O sentido é claro: o sucesso na conquista da Terra e no pastoreio do povo estava subordinada à sua fidelidade às orientações da Torah. Somente por meio da fidelidade às Escrituras todas as gerações seriam abençoadas. Essa ideia ainda é válida hoje. O verdadeiro sucesso é aquele adquirido das mãos de Deus. De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma?
Por isso Moisés explica a razões por trás da orientação para a manutenção da leitura das Escrituras: para que na terra da promessa, tão cheia de bençãos mas também de distrações e tentações o conhecimento de Deus fosse ampliado e o temor do Senhor alcançasse as novas gerações (v13).
É triste ver o mundo moderno tão desinteressado pelos cultos. Mesmo os cristãos estão enchendo os shoppings no horário separado para os cultos coletivos. A leitura pública da Bíblia é um valor cristão que precisa ser resgatado nos dias de hoje.
Concluindo, em resumo, o chamado do Eterno para todos nós em Deuteronômio 31 é que retornemos à Palavra. Nossa saúde, nossas emoções, nossos relacionamentos - toda a nossa existência - terão vida nova pela simples prática da leitura e vivência das Escrituras.
Que tal orar por isso hoje? Que tal pedir ao Eterno mais devoção pela sua Palavra? Que tal valorizar mais os momentos em que as Sagradas Escrituras são lidas e explicadas em nossos encontros litúrgicos?
Podemos fazer isso criando a rotina de separar um horário específico de nosso dia para o estudo das Escrituras em nossa casa. Essa é a faísca que acende o verdadeiro reavivamento.
- Pr Sampaio, 😊💙
23 de fevereiro de 2025.
Concluindo, em resumo, o chamado do Eterno para todos nós em Deuteronômio 31 é que retornemos à Palavra. Nossa saúde, nossas emoções, nossos relacionamentos - toda a nossa existência - terão vida nova pela simples prática da leitura e vivência das Escrituras.
Que tal orar por isso hoje? Que tal pedir ao Eterno mais devoção pela sua Palavra? Que tal valorizar mais os momentos em que as Sagradas Escrituras são lidas e explicadas em nossos encontros litúrgicos?
Podemos fazer isso criando a rotina de separar um horário específico de nosso dia para o estudo das Escrituras em nossa casa. Essa é a faísca que acende o verdadeiro reavivamento.
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23 de fevereiro de 2025.
- Cite a fonte =
- http://pastorclaudiosampaio.blogspot.com
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