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DIA 32: JORNADA ESPIRITUAL DE 40 DIAS - COMO CONHECER A DEUS ? - 2


Parte 2

Depois de insistirmos  tanto na proposta de conhecer a Deus, fica a pergunta: Mas, afinal, por que preciso conhecer a Deus?


Ninguém despenderá tempo e esforço para despertar pela manhã tendo como sua primeira agenda entrar em relacionamento e companheirismo com Deus a menos que reconheça sua necessidade. 


Em Mateus 9:12-13, o próprio Jesus diz: “Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes. (…) pois não vim chamar justos, e, sim, pecadores“. Ninguém agradecerá a Jesus por bater-Lhe a porta do coração, nem abrirá a porta para Ele, sem primeiro compreender sua grande necessidade de “cura”, de companheirismo e comunhão com Ele. Ninguém manterá um relacionamento pessoal com Deus a menos que compreenda a necessidade desse relacionamento.


Afinal de contas, por que precisamos de Deus? Esta é uma pergunta importante. Podemos considerar a resposta de um ponto de vista secular, com base na lógica e na razão, ao tentarmos responder a esta indagação.


Num verão, anos atrás, frequentei uma faculdade do Estado de São Francisco, Califórnia. Noventa e cinco por cento dos meus colegas acreditavam que tudo na vida se resume no momento presente – viver aqui e agora. Parecia algo muito intelectual acreditar que passamos toda a nossa vida neste planeta, os nossos setenta anos, e então morremos e ficamos mortos por um longo tempo, digamos, para sempre.


Francamente não me impressionei tanto com essa opção de meus colegas! Não se tratava de escolher entre viver para sempre no Céu, ou em Las Vegas. A escolha era entre viver para sempre no Céu ou nenhuma vida. Pois justamente na base da lógica e da razão, a sua chamada crença iluminada não tinha muito a oferecer. 


Consideremos bem essa questão.


Suponha que você não seja cristão, e que eu, como cristão, me aproxime de você e lhe dê uma chance de estar cinquenta por cento certo: não há nada além da vida presente, e ao morrer, tudo termina. Mas você também me dá a chance de cinquenta por cento de estar certo: de que o Céu é um lugar real, e Deus uma Pessoa real. Não seria este um jogo lícito? Afinal de contas, embora eu não possa provar a existência de Deus e do Céu através de um tubo de ensaio, você também não pode provar que Ele não existe. Certo? 


Concordemos então que nenhum de nós pode provar nosso ponto de vista. Assim começamos na mesma base e nos damos as mãos em sinal de acordo. Darei a você uma chance de cinquenta por cento de que você está certo, e você fará o mesmo comigo.


Digamos que começamos a viver os nossos setenta anos e, ao chegarmos ao final, descobrimos que você tem razão – não existe o além. Ambos morremos e somos sepultados no mesmo cemitério. Eu não perdi nada.


Mas suponhamos que no final de nossos setenta anos, um dia olhamos para o céu e vemos, no oriente, uma pequena nuvem, que vai crescendo, crescendo, e logo o céu inteiro está coberto de seres celestiais. Fica demonstrado que há uma vida além desta. Deus é real, os anjos são reais, o Céu é real. Jesus veio outra vez. E que acontece então se você rejeitou essa posição? Ora, você terá perdido tudo, porque o que é esta vida comparada com a eternidade?


Certa vez fui convidado a fazer o discurso de paraninfo de uma turma de crianças que se formavam na pré-escola. Que honra para mim! E eles entraram marchando, de becas e barretes de cartolina feitos em casa! Esperava-se, pois, que eu dissesse algo apropriado para eles.


Eu chegara à conclusão de que se não procurasse envolvê-los no discurso, eu jamais seria capaz de captar sua atenção; por isso, apresentei-lhes o seguinte problema para que resolvessem: “Suponhamos que, na minha mão esquerda, tenho uma nota de um milhão de dólares a ser paga quando vocês completarem 21 anos de idade. E na mão direita tenho um dólar, que vocês poderão receber agora mesmo. O que vocês escolheriam?”


Pude ver pipocas, sorvetes e chicletes girando naquelas mentes infantis. Procurei então apelar para eles, baseando-me em seu alto grau de instrução e no fato de que agora estavam-se formando, para que considerassem cuidadosamente esse intrincado problema.


 Temeroso quanto a sua possível decisão, procurei distraí-los tanto quanto possível. Mas afinal, ao pedir-lhes a resposta, todos eles haviam escolhido a mesma coisa – o dólar! E pude ver pela expressão satisfeita de seus semblantes que eles sabiam que eu ficaria impressionado com o seu ponderado raciocínio!


Terminou esse problema no prezinho? Não, o mundo inteiro acha-se preso no mesmo gancho. Somos chamados a nova geração. Mas até que compreendamos nossa necessidade de algo além do transitório, continuaremos a fazer o mesmo tipo de escolha daqueles graduandos.


Um dia meu pai veio a mim e disse:
– Filho, quero fazer-lhe uma proposta. Quero dar-lhe um milhão de dólares.


Tive que rir. Eu estava demais a par da conta bancária de papai para acreditar naquilo. Ele, porém, persistiu:

– Suponha que sou multimilionário e vou dar-lhe um milhão de dólares. Está interessado?
– Naturalmente!
– Com duas condições – papai continuou.
– Primeiro, você deve concordar em gastar todo o milhão de dólares em um ano apenas.


Bem, eu preferiria gozar o máximo dessa fortuna num período de tempo mais longo; mas é melhor ter um milhão por um ano do que não tê-lo. Mas qual seria a segunda condução?

– A segunda condição é que, no fim do ano, você morra numa câmara de gás.
– O que o senhor disse?
– Ao terminar o ano você deve morrer. Não há outra alternativa. Você não poderá usar esse dinheiro para esconder-se nalguma ilha tropical. Com toda certeza você morrerá ao findar-se o ano. Ainda está interessado?
– De forma alguma – respondi.
– Por que não?
– Porque eu passaria o ano inteiro pensando na câmara de gás, e isso estragaria todo o prazer de um ano.


Desde então tenho feito essa proposta a muita gente, e a resposta é sempre a mesma. Não vale a pena trocar um ano, mesmo que seja fantástico, pelo resto de sua vida.


A seguir meu pai veio com um engenhoso desafio, desses que um pregador faz a seu filhinho:

– Imagine agora que sou o diabo e lhe faço uma proposta semelhante: Você tem setenta anos para fazer exatamente o que lhe agradar. Nada de regras e regulamentos. Você pode fazer o que quiser e ir aonde quiser. Nada de inibições, proibições, nem moralidade. Divirta-se. Viva a sua vida. Mas no final dos setenta anos você acabará num lago de fogo comigo. – Você estaria interessado?


É claro que recusei! Mas mesmo sem perceber, em alguns casos, milhares de pessoas aceitaram esta oferta, pensando ter feito uma sábia escolha.


Sejamos honestos: a 
maioria de nós está disposta a aceitar que seria tolice escolher um ano, quando setenta estão à nossa disposição. Mas que dizer de preferir os setenta, quando podemos ter uma eternidade? Mesmo baseados unicamente na lógica e na razão, é tolice rejeitar a oferta da vida eterna que Deus nos faz. Porém Milhares preferem os prazeres transitórios de uma vida alienada de Deus e perdem a eternidade.


Porquê não escolhemos o melhor? E se eu te dissesse que a razão toda reside em nossa estrutura moral corrompida? Que nascemos com uma predisposição inata de optar pelo caminho errado? Essa é a questão que merece ser avaliada.


Um escorpião queria atravessar o rio, mas não podia nadar. Pediu então a uma rã que o carregasse. A rã não quis.

– Sei o que você fará. Vai picar-me e eu afundarei e me afogarei.

– Não vou fazer isso – o escorpião insistiu. – Se o fizer, me afogarei juntamente com você.


A rã foi convencida e ambos começaram a atravessar o rio. Na metade da travessia, o escorpião ferroou a rã. Ao afundarem, a rã perguntou amargurada:
– Por que você fez isto? Agora ambos vamos morrer.

Então o escorpião respondeu:
– Sinto muito, mas não posso agir de outro modo, pois esta é a minha natureza.


Devido a sua natureza, as pessoas continuam a fazer a estulta escolha de rejeitar a eternidade em favor de uma vida sem compromisso com Deus no presente. Mesmo muita gente ilustre termina recusando a vida que Deus lhes oferece, e escolhendo a vida que levam. Semelhante ao escorpião, fazemos escolhas erradas porque somos escravos de nossa natureza. 


Nascidos neste mundo de pecado, somos pecadores por natureza. E a menos que o miraculoso poder de Deus interfira, nenhuma lógica ou razão nos levará a aceitar a eternidade que Deus nos oferece.


Sabemos que, desde Adão, a morte vem a toda a humanidade. “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12). A morte é o salário do pecado (Romanos 6:23). 


Mas os bebês morrem antes mesmo de ter oportunidade para “pecar”. Por conseguinte, sabemos que, desde Adão, todos são pecadores, mesmo que não tenham cometido atos de pecado. Poderíamos citar muitos textos das Escrituras neste sentido, mas é necessário? A morte fala por si mesma. Crianças inocentes também morrem.


Jesus nos fornece  ainda uma prova bíblica notável de que nascemos pecadores. É o fato de que ninguém consegue “ver” o reino de Deus se não nascer de novo (João 3:3). Se isto é verdade, então deve haver algo errado com o nosso primeiro nascimento. Que é então? 


Voltemo-nos para Agostinho, o fundador da clássica doutrina do pecado original. Tem havido muita discussão a este respeito. Basicamente, ele ensinava que nascemos pecadores e somos responsáveis pelo pecado desde o nascimento. Isso significa que sua doutrina deve ter rotulado a doutrina da culpa original, isto é, somos herdeiros da culpa de Adão, e isto, desde o nascimento.


Você pode não aceitar bem a doutrina de Agostinho quanto à 
culpa original, mas a do pecado original é legitimamente bíblica. Esta se encontra na histórica Confissão de Augsburg, que afirma termos nascido separados de Deus. A Bíblia afirma isso, em Romanos 3:10-11, onde Paulo diz que não há justo, nenhum sequer, ninguém que busque a Deus. Jeremias 17:9-10 também diz que enganoso é o coração humano, desesperadamente corrupto. 


A palavra mais utilizada para “pecado” na Bíblia significa errar o alvo, rebelião. E esta é a realidade: corações corrompidos e maculados estão fora do equilíbrio espiritual e por isso empacamos no meio do caminho. Erramos a meta, desprezamos a graça de Deus e seus altos privilégios.


No entanto, embora nasçamos separados de Deus, não somos considerados responsáveis por isso. Por conseguinte, não é necessário proceder-se a um ritual para ou pelo bebê para que ele seja salvo, visto que ele não é responsável pelo seu nascimento neste mundo de pecado. Ninguém é responsabilizado por isso até que tenha a oportunidade de compreender inteligentemente o problema, ver sua própria condição e o que pode ser feito para corrigi-la. Então aí começa a sua responsabilidade.


Este é o conceito bíblico de 
pecado original, e sou grato por isso. Os capítulos 9 e 15 de João, e Tiago 5, e os três primeiros capítulos de Romanos nos falam a esse respeito. Deus jamais nos responsabilizou por termos nascido num mundo pecaminoso. E isto é realmente uma boa nova


Mas como resolver o problema? Qual o benefício de buscar conhecer s Deus intimamente? Esse será o tema para nossa próxima jornada. 

Para terminar, não se esqueça:

“Os que põem toda a armadura de Deus e devotam algum tempo cada dia à meditação, oração e estudo das Escrituras estarão em ligação com o Céu e terão uma influência salvadora, transformadora sobre os que os cercam. Pensamentos elevados, nobres aspirações, claras percepções da verdade e dever para com Deus, serão seus. Ansiarão por pureza, luz, amor, por todas as graças do novo nascimento.” – Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, págs. 112 e 113.


- Fonte: a maior parte do estudo de hoje é uma adaptação livre do capítulo 1 do livro “Como Conhecer a Deus”, de Morris Venden, teólogo e professor nos EUA



Cite a fonte = http://pastorclaudiosampaio.blogspot.com

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