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RESSURREIÇÃO (2016): ENTRE A FÉ E O CETICISMO NA TELA DO CINEMA.


Conheça o filme Ressurreição (2016), estrelado por Joseph Fiennes, que aborda a fé cristã sem doutrinar, dialogando com teólogos como Bultmann e Crossan.

Palavras-chave: filme Ressurreição, Joseph Fiennes, ressurreição de Cristo, teologia moderna, cinema cristão, ceticismo e fé

O Filme

O filme Ressurreição (Risen), lançado em 2016 e dirigido por Kevin Reynolds, oferece uma abordagem original sobre os eventos que seguem a crucificação de Jesus Cristo. Diferente de outras produções bíblicas tradicionais, o longa propõe um olhar investigativo e humano sobre a fé, acompanhando um tribuno romano encarregado de conter os rumores sobre a suposta ressurreição de um mestre judeu. 

Com elementos de drama histórico, suspense e espiritualidade, Ressurreição é uma produção que atrai tanto cristãos quanto céticos, ao colocar a dúvida e a busca sincera como partes essenciais do processo de crer.

Interpretado com intensidade por Joseph Fiennes (Lutero), o protagonista Clavius é um homem acostumado com a lógica e a autoridade militar, mas que se vê confrontado com eventos que desafiam sua razão. Ao lado de Tom Felton (Harry Potter), no papel do jovem assistente Lucius, e Cliff Curtis, que interpreta Yeshua, o filme constrói um elenco sólido e convincente. 

A recepção crítica foi mista: no Rotten Tomatoes, Ressurreição obteve 53% de aprovação, e no Metacritic, uma média de 51/100. Ainda assim, muitos elogiaram a abordagem respeitosa e instigante, distante do tom panfletário comum em obras religiosas.

A força do filme reside na maneira como ele dialoga com debates teológicos relevantes. A questão da ressurreição tem sido um ponto nevrálgico para estudiosos modernos, como Rudolf Bultmann, que propôs a “desmitologização” dos evangelhos,  e John Dominic Crossan, que vê a ressurreição mais como símbolo de esperança do que um fato físico. 

Mas Ressurreição não toma partido, mas sim propõe uma reflexão: e se um cético investigasse pessoalmente o desaparecimento do corpo de Cristo? Esse ponto de partida aproxima o espectador de uma jornada filosófica e espiritual, em vez de apresentar respostas fechadas.

Longe de ser um filme apologético, Ressurreição provoca mais do que prega. Ao mostrar o conflito interno de Clavius, que começa a questionar tudo o que antes tomava como certo, o filme apresenta uma visão madura da fé — aquela que nasce muitas vezes da dúvida, da busca e até da dor. 

Em vez de convencer pela imposição, a narrativa instiga a imaginação do espectador: como eu reagiria diante da evidência de um milagre? É uma proposta que ecoa na espiritualidade contemporânea, onde fé e razão não precisam ser inimigas.

Conclusão

Por isso, Ressurreição é uma excelente recomendação para quem busca mais do que um filme bíblico tradicional. É uma obra cinematográfica bem construída, com atuações sólidas, que respeita a inteligência do público e estimula reflexões sobre a verdade, a fé e o mistério. 

Seja você crente ou cético, vale a pena assistir e se deixar provocar pela pergunta que atravessa os séculos: e se for verdade?

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