Header Ads

O Sucesso do Rei - 2Samuel 08



Perguntado se entre o desafio de conquistar ou manter o sucesso, qual seria o mais difícil, certo artista afirmou em entrevista que a manutenção das conquistas seria o maior desafio. De fato, há muitos recebem o sucesso, mas ao não reconhecerem sua origem, os fatores envolvidos no processo, quem os ajudou a chegar ao ponto que se encontram ou mesmo como devem administrar a bênção, acabam se enveredando pelo caminho do fracasso. Sobre isso, o texto de 2Samuel 8: 14-18 é bastante instrutivo.

Walter Kaiser Jr. (O Plano da Promessa de Deus, 2011) afirma que o 2Samuel 8 se apresenta como um cumprimento das promessas de conquistas feitas por Deus a Davi, no capítulo anterior. Paul House (Teologia do A T 2005) propõe a ideia de que nesse tempo não havia uma nação bem estruturada politicamente, e desse modo, Davi será o primeiro monarca que efetua esse feito grandioso, Desse modo, segundo House o autor sagrado deixa bem evidente que tal feito se assemelha a um "milagre", uma intervenção sobrenatural de Deus na vida de seu servo. Por isso, vê-se por duas vezes a repetição: "O Senhor dava vitórias a Davi, por onde ia" (v. 6b, 14b). 

Também vemos que Davi reconhece isso. O texto diz que ele alcança "renome" (v. 13), e alcança o sucesso, mas tributa a Deus todas as riquezas oriundas de suas conquistas, dando ao Senhor o crédito de suas façanhas (v. 11).

Mas além de reconhecer a origem de suas vitórias, Davi sabia zelar das bênçãos alcançadas e administrava adequadamente tudo o que de Deus recebia: Organizou o reino estabelecendo um tribunal justo (v 15), um exército sob liderança forte (v 16). Além disso, mantinha os registros atualizados com apoio de um Cronista e um Escrivão (v 16, 17). Também mantinha uma relação estreita entre o Estado e a Religião, ao trazer para seu convívio o sacerdote de Deus (v 17). E mais: Ele envolveu sua família nos compromissos com o reino, fortalecendo sua administração e preparando seus filhos para as futuras responsabilidades (v 18).

Essa busca de uma boa administração do reino prossegue até o capítulo 10. No capítulo 9 o rei é generoso e abençoa a família de Jônatas, trazendo seu filho Mefibosete para o convívio do palácio. Mas quando se chega ao capítulo 11, o perfil de um rei justo, generoso e fiel cai por terra no instante em que Davi ignora seus deveres para com Deus, para com seus súditos e para com sua família. 

Esse é um erro bem comum para os nossos dias. É bem comum ter um começo abençoado e se perder no caminho. Isso sempre ocorre quando se perde a percepção do sagrado em nossa vida e passamos a nos gerir de acordo com nosso próprio entendimento. À luz desse texto, algumas recomendações para nós podem ser extraídas da queda do rei Davi. 

1. Aprendemos sobre a necessidade de sempre desejar a presença de Deus por perto. Quem faz isso terá mais condições de administrar sua vida. Só Deus saberá administrar a nossa fraqueza e a nossa força e nos coroar de vitórias quando for adequado para nós. Ele conhece a natureza humana. Sabe o que pode acontecer quando as nossas paixões entram em desgoverno. Mas se submetermos a Ele nossa vida e cultivarmos Sua presença em nosso dia-a-dia, Ele irá reger nos reger com a força e a sabedoria necessária. Não apenas nossa natureza, mas também nossos bens serão abençoados por Ele.

2. Aprendemos sobre sermos sempre agradecidos e creditar a Deus todas as nossas conquistas. O risco de não agir assim será o de permitir que o materialismo contamine a nossa estrutura. O homem tem sua visão limitada. Ele contempla apenas a realidade física e perceptível aos sentidos. O risco é sermos consumidos por esse sentimento do século e não ver nada além dessa realidade. Jesus alertou sobre isso na parábola da figueira em Lucas 21:36: 
Tenham cuidado, para que os seus corações não fiquem carregados de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente.
Mas quando cultivamos um coração agradecido e tributamos a Deus sempre a honra devida, reconhecendo que Ele é o autor de nossas vitórias, nos tornamos mais firmes contra o materialismo de nossos dias. O grande risco é nos esquecermos disso, como Davi.

3. Aprendemos da importância da sabedoria e inteligência da parte de Deus para administrar a vida e as bênçãos concedidas. Tiago diz que podemos receber sabedoria quando pedimos a Deus (Tg 1:5). Sabedoria é a inteligência aplicada na vida prática. Inteligência é pensamento, sabedoria é vivência. O sábio saberá administrar de forma inteligente o que recebe de Deus. Saberá administra inclusive sua força e sua autoridade. Aliás, essa tem sido a fraqueza de muitos de nós. Casamentos em desequilíbrio pelo mau uso da força e da autoridade são fatos comuns. Tudo que de Deus nos vem, toda boa dádiva deve ser bem administrada para que a prosperidade seja uma realidade para nós. Conquistar sucesso é tão importante quanto conservar o que se ganha e conservar as conquistas é tão importante quanto continuar conquistando. Estagnar é morrer. 

4. Aprendemos que entre todas as dádivas para administrar, temos a família como a mais importante e superior a todas as demais. Na busca do sucesso, é bom sabermos se não estamos sacrificando os valores que nos elevam e nos preparam para as conquistas. É bom alcançar o lugar mais elevado na escalada do sucesso, mas de nada adianta chegar lá sozinho. Os valores morais da integridade, honestidade, respeito, santidade, pureza, fidelidade e outros devem ser mantidos diante de nós. Devemos medir o efeito de nossas ações sobre a figura de Deus e de nossos entes queridos. Devemos aprender a valorizar mais as pessoas que as coisas. Entre todos aqueles que nos cercam, devemos valorizar o mais precioso, que será sempre a nossa família.

Para concluir, devemos entender que não há essa ideia de maldição ou karma como sendo responsáveis pelos nossos fracassos. No fim, será um pouco de má conduta aliada a uma ausência de responsabilidade diante de Deus, além da fatalidade de vivermos em um mundo de trevas. 

A tragédia dos Kennedy, coloquialmente conhecido como "a maldição Kennedy" é um termo frequentemente usado para descrever a série de tragédias que tomaram conta dos membros da família Kennedy. Alguns entendem essa contínua má sorte da família Kennedy como sendo uma maldição.Diversos membros da família morreram de causas não naturais, os mais proeminentes foram os assassinatos dos irmãos John e Robert, que foram mortos em 1963 e 1968 respectivamente, e o filho do primeiro, John Kennedy Jr., que morreu em um acidente de avião junto com sua esposa e cunhada, em 1999. Mas também houve casos de prisões por acusação de criminalidade, morte por overdose e suicídio na caminhada da famíla.

Mas existência de tal maldição tem sido discutida por outros que têm argumentado que muitas dessas tragédias foram causadas por negligência grosseira, como dirigir embriagado ou pilotar uma aeronave em condições precárias, e outras seriam resultado natural dos acontecimentos que poderiam ocorrer a famílias numerosas tais como o câncer e aborto espontâneo, de modo a noção de uma maldição é uma criação da mídia. No fundo, a maldição dos Kennedy vem da falta de sabedoria em administrar e por alguns acidentes comuns da vida.

Perder os bens, a vida e a família por conta dos males naturais, pode ser aceitável para alguém que se diz cristão. Mas sofrer perdas por falta de sabedoria o gerenciamento da vida e por falta de dependência de Deus, seria muito decepcionante!

Hoje, com Deus ao nosso lado, dirigindo a nossa vida, sigamos adiante, sem dele nos fastarmos. Assim a bênção será garantida.

- Claudio Sampaio/ Distrito da Grama/ES.

Nenhum comentário

Sua opinião é importante para mim. O que você pode acrescentar? Entretanto, observe:

1. Os comentários devem ser de acordo com o assunto do post.
2. Avalie, pergunte, elogie ou critique. Mas respeite a ética cristã: sem ataques pessoais, ofensas e palavrões.
3. Comentários anônimos não serão publicados. Crie algum nome de improviso para assinar o escrito, caso não queira se identificar.
4. Links de promoção de empresas e sites serão deletados.
5. Talvez seu comentário não seja respondido imediatamente
6. Obrigado pela participação.